João Pessoa, 01 de setembro de 2014 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Centro econômico e político de uma região metropolitana, João Pessoa não pode e não deve se isolar em si mesma. Por uma questão estratégica e logística, sua gestão precisa dialogar e interagir com os municípios integrantes desse conglomerado urbano tão cheio de desafios e problemas a resolver.
Cabedelo, Bayeux, Santa Rita e Conde, só pra citar os mais próximos, são extensões da capital paraibana. Negócios, empregos e trânsito entre essas cidades e João Pessoa estão na rotina. Por isso, o planejamento e as políticas públicas do centro desse pólo devem estabelecer links com os referidos municípios.
A questão central passa pela responsabilidade política de contribuição para o desenvolvimento equilibrado e sustentável dessas cidades do entorno. O que se vê hoje é uma João Pessoa bem posicionada no seu progresso e os arredores patinando em questões básicas e fundamentais.
Enquanto a Capital arrota emprego e se estrutura, os municípios na sua volta não acompanham esse ritmo, a maioria – diga-se de passagem – pelo histórico continuado de gestões sofríveis e medíocres. O que se vê imperar é o subdesenvolvimento, a julgar pelas potencialidades, e a pobreza espalhada nas periferias de bairros miseráveis.
Cabedelo, Bayeux, Santa Rita e Conde mais parecem cidades interioranas, a começar pela própria auto-estima rebaixada em conseqüência do desencanto da população com seguidas administrações de pífios resultados, mesmo contando com notável volume de recursos próprios e transferências voluntárias.
No turismo, por exemplo, a integração entre João Pessoa, Cabedelo e Conde é imprescindível. Não adianta dotar a Capital de treinamento e qualificação sem a inclusão das demais cidades diretamente vinculadas à exploração do nosso Litoral. Em resumo: Pra navegar mais longe, João Pessoa não pode ser uma ilha.
Construção… – Pela ascendência natural do cargo, o prefeito Luciano Cartaxo tem todas as condições políticas e administrativas de liderar esse processo de integração metropolitana.
Coletiva – Políticas conjuntas, especialmente no trânsito, turismo e geração de emprego, são vitais para o crescimento conjugado e diminuição das disparidades econômicas.
Ações no forno – A coligação “Renovação de Verdade”, do senador Vital do Rêgo (PMDB), tem duas denúncias de abuso de poder engatilhadas contra a chapa do governador Ricardo Coutinho (PSB). O jurídico apresentará flagrantes de reuniões dos candidatos distribuindo material de campanha com servidores.
Bate boca – À Coluna, o advogado João Ricardo Coelho, do PSB, admitiu entrevero com o deputado Major Fábio, candidato a governador do PROS, durante debate com os professores.
Pacificação – João, porém, informou que ao final do evento procurou o Major. Após conversa, os dois se entenderam e viraram a página. “Nos abraçamos e superamos”, assinalou Coelho.
Mantra – Em Rio Tinto, no final de semana, o governador Ricardo Coutinho voltou a praticar seu “esporte” favorito: estabelecer comparativo de gestão com seu adversário, Cássio.
Números – “Todos os indicadores sociais hoje da Paraíba são muito melhores do que os de 2008 e 2010. Eu governo para uma geração adiante e não faço uma gestão de momento”.
Regresso – Ao final de carreata em Bayeux, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) se comprometeu em reativar o Programa do Leite. “A população reclama”, frisou.
Pai e filho – Eles já tiveram divergências políticas, mas em 2014 Walter Brito (PTC) e Walter Brito Neto (PTB) estão afinados: vão votar juntos em Daniela Ribeiro (PP) pra estadual.
Por falar em… – …Walter Brito. O leitor Valdecir Martins ([email protected]) repeliu a argumentação do ex-deputado ao defender que “campinense vota em campinense”.
Crítica – “A frase retrata a mentalidade e atraso dos políticos que temos na Paraíba e por todo Brasil afora. Sou pessoense, mas acho que se deve votar num candidato…”.
Bairrismo – “… Independentemente de sua naturalidade, uma pessoa que enxergue e procure desenvolver o Estado como um todo e não um determinado setor ou cidade”.
Recondução – Com 53 votos de maioria, o juiz Horácio Melo foi reeleito para presidência da AMPB. Campina Grande deu a maior diferença: 32 contra 10 da chapa de Marcial Henrique.
PINGO QUENTE – “Ele não se rendeu ao soberano maior da Paraíba”. Do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP), elogiando o presidente da Assembleia, Ricardo Marcelo (PEN), e alfinetando o governador.
*Coluna reproduzida do Correio da Paraíba.
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