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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

O lado da Câmara de João Pessoa

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publicado em 16/10/2015 ás 09h29
atualizado em 16/10/2015 ás 13h31

plenariocamarajoaopessoa

Choveram ligações depois do alerta feito aqui neste espaço ao Poder Legislativo pessoense, cuja atuação tem sido muito mais marcada pelos entreveros pessoais e brigas paroquiais estéreis entre vereadores do que pela agenda positiva que se espera do Parlamento de uma cidade próxima de um milhão de habitantes.

Bruno Farias, do bloco independente da Casa, diz ter assimilado a crítica, mas chamou atenção para as ações proativas. Lembrou que, ontem, ele mesmo participou de uma sessão com estudantes de Direito no plenário, explicando os fundamentos e tramitação legislativa, um mecanismo de aproximação e interação com a sociedade. Hoje, acrescentou, “estaremos fazendo uma audiência pública sobre a regulamentação do food truck, um assunto do cotidiano da cidade”.

Raoni Mendes, da oposição, também sustentou a tese das pautas positivas do Poder, embora tenha admitido que as picuinhas vêm se sobressaindo. “Vou continuar lutando para corresponder a estas e outras indagações que fazem desacreditar da política e dos políticos”.

Bira Pereira, da bancada governista, partícipe da legislatura anterior, concorda com a Coluna. Talvez por comparação implícita do nível das duas.

Do diligente assessor de Comunicação da Presidência, jornalista Paulo de Pádua, recebi mensagem contestando a leitura feita acerca do legislativo municipal, amparada, além dos fatos do dia-dia evidenciados na imprensa, em recente pesquisa Opinião/Arapuan.

“Existem projetos importantes e interessantes, aprovados em sessão, mas que muitas vezes não interessa aos jornalistas que cobrem a Casa. Para eles, interessa sim a polêmica. Raramente se vê na imprensa, seja mídia virtual, rádio ou TV, matérias de interesses da população. E a culpa não é, de forma nenhuma, do Legislativo”, discorreu Pádua, para quem pesquisas internas feitas pelo Poder revelam pouco conhecimento, interesse e participação da sociedade nos debates da Câmara.

Paulo deixa um questionamento: como avaliar o que não se conhece? É o que ele pergunta com base nos dados que mostram o desconhecimento e distância da população das discussões travadas na Casa. A presença e acompanhamento seriam, na ótica dele, indispensáveis para, inclusive, cobrança e fortalecimento do trabalho dos vereadores.

Todas as manifestações, aqui publicadas, só enriquecem o tema levantado. A intenção é mesmo chacoalhar, provocar, para extrair de uma instituição importante, como é a Câmara, o que ela pode oferecer de melhor contrapartida para uma cidade de tantos desafios e que paga a conta dos custos do seu funcionamento.

Não dá pra imaginar que a miudeza e as disputas políticas menores sejam completamente afastadas do plenário e das entrevistas à imprensa, mas – repito – enquanto o varejo aparecer mais do que a pauta do cotidiano da cidade, a sensação negativa se sobreporá ao lado positivo. Eis o desafio do experiente e ponderado presidente Durval Ferreira; mudar os pesos dessa balança.

Medidas…
Durval Ferreira está decidido. Próxima semana terá reunião com os vereadores para alertar e apelar contra os frequentes confrontos casuísticos e pessoais.

Didáticas
Ferreira não censura o debate político, natural e tradicional ao parlamento, mas pede nível e provas nas acusações. Do contrário, está disposto a “tomar providências”.

Preparando…
A fala do líder do governo, Hervázio Bezerra (PSB), de crítica ao tratamento dispensado por Cartaxo e afago ao vice Nonato Bandeira (PPS), não é coisa do acaso…

…Terreno
“Vamos tomar nossa decisão com base no debate da gestão”. Do vice-prefeito de João Pessoa e presidente estadual do PPS, Nonato Bandeira, sobre alianças de 2016.

Adalberto FulgêncioFulgêncio e a anestesia
Adalberto Fulgêncio (foto), secretário de Articulação, agiu rápido com antídoto para cortar os efeitos da fórmula aplicada por Hervázio. “O governo não tem o que falar em relação as ações. Não tem o que falar em relação ao Plano de Enfrentamento à Seca… Eleição passa a ser o único tema dos girassóis. Não tem outra pauta”, disse Fulgêncio, afastando estremecimentos na relação com o vice: “O governo municipal tem muita gratidão pela postura de discrição de Nonato”.

BRASAS
*Patos, quente por natureza, amanheceu fervendo, com a operação conjunta do MPF, MP e CGU, sob suspeita de fraudes em licitações.

*“O prefeito Luciano Cartaxo está se complicando”. A percepção é do deputado estadual Anísio Maia (PT), analisando os passos políticos e administrativos do ex-aliado.

*Até então comedido, o ex-deputado Ruy Carneiro (PSDB) resolveu escancarar suas pretensões: “O sentimento de que eu posso ser candidato é real”.

*Familiares cheios de esperança com as melhoras apresentadas pelo advogado Roosevelt, no Sírio Libanês (SP).

*Enivaldo Ribeiro, presidente estadual do PP, admite até ficar com o PSB, menos com Veneziano.

FALA CANDINHA!
Almoçando, ontem, no Centro de Campina Grande, reflexiva e juntando as peças das últimas entrevistas de Adriano e Murilo Galdino, dona Candinha pensou alto, sozinha. “O PSB não tem o menor apetite de votar em Veneziano”, disse a maldosa, olhando pro prato feito improvisado.

PONTO DE INTERROGAÇÃO
No quadro de disputa intensa, Luciano Cartaxo conseguirá emplacar um vice do bolso do colete?

Raoni Mendes

Raoni Mendes

PINGO QUENTE
“Aí tem coisa”!
Do vereador Raoni Mendes (PTB-foto), sobre o número de 200 mil toneladas de lixo retiradas da Lagoa, segundo a Prefeitura de João Pessoa.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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