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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

20 de outubro

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publicado em 20/10/2015 ás 13h43
atualizado em 20/10/2015 ás 13h50

jacó

Num passado distante, uma família – de formação pouco convencional – ganhou o décimo segundo integrante. No parto, a mãe não resistiu e o bebê sobreviveu para ser o companheiro da velhice do pai. Nesse clã, filhos enciumados pela predileção do chefe da casa por um deles, planejaram e tiram-no do convívio. O rapaz, vendido como escravo e tido como morto pelo pai, foi parar em terras estranhas.

Um dia, esses irmãos, vítimas de um período inclemente de escassez, saíram de sua terra para buscar ajuda noutro país que havia se precavido dos tempos de vacas magras. Lá, encontram governando aquele território um homem poderoso. O dito governador os acusa de espionagem. Acuados, justificam a presença alí como uma busca para prospectar mantimento para eles, para o pai e o irmão mais novo, que haviam ficado e os aguardavam.

Intimados a provar o que diziam, deixando para trás um irmão detido como garantia, são obrigados a voltar sob o compromisso de apresentar o tal caçula. No regresso, cumprem a promessa e trazem o jovem à presença da autoridade. Ao se deparar com a cena, um quebrantado José do Egito abraça o moço e se revela, em soluços, como sendo aquele que fora abandonado e vendido pelos outros irmãos por algumas pratas.

O ambiente de tensão, medo e mágoas, gerado pelo drama familiar, imediatamente dá lugar ao reencontro. A predileção do pai gerou feridas no coração e a transgressão dos irmãos, mas Deus, bom e misericordioso, transformou as dores em redenção. Foi justamente o filho vendido e desaparecido pelos irmãos o instrumento usado por Deus para salvá-los da fome, décadas mais tarde.

E o caçula em questão, o décimo segundo filho de Raquel e Jacó, posteriormente batizado de Israel e cuja descendência deu origem à uma Nação, entra na história como elo de laços perdidos entre os irmãos, símbolo do perdão. Não por acaso. Quando voltamos ao passado, no seu nascimento, na hora da dor, a mãe agonizante soltou um grito lhe dando o nome de “Benoni”, filho da dor.

O pai, temente a Deus e ciente do poder das palavras, rejeita o ‘título’ e lhe denomina de “Benjamim”, “filho da felicidade” ou “da mão direita”, transformando com sua atitude, naquele instante, uma mera denominação tragada pela angústia numa profecia, mudando um destino, cujo futuro, mais tarde, se confirmara como instrumento de reconciliação e harmonia do lar.

Essa história e sentido embalaram a feliz chegada do meu menino Benjamim, nascido hoje na leveza do Dia do Poeta, arte de seu bisavô paterno, e cheirando à Primavera. Benjamim é muito mais do que um belo nome. É o perfumado fruto do abraço eternizado, do beijo apaixonado, das mãos dadas e corações enlaçados no encontro com minha adorável e afetuosa companheira, Marly Lúcio.

Pé no…
No 60 minutos – da Rede Arapuan de Rádios – a deputada Estela Bezerra (PSB), ontem, de uma aula de civilidade ao adotar postura serena e conciliatória diante da decisão do seu partido.

…Chão
Ao invés de amuo ou rebeldia, Estela mostrou que  para ela o ‘projeto’ partidário é maior do que suas pretensões pessoais, em que pese dispor das melhores condições políticas.

Cartas…
Aliás, horas depois da reunião do PSB – furada em primeira-mão pelo Portal MaisPB – Estela e o governador Ricardo, defensor do nome de João Azevedo, estiveram juntos em ambiente informal.

…Na mesa
Dividindo espaço com Ricardo no show do cantor Chico César, Estela saiu depois para jantar com o governador. No restaurante Degustar, terminaram o emblemático dia ao sabor de um bom vinho.

wilson filhoDay after
A inspeção da Comissão de Saúde da Câmara Federal vai virar relatório a ser apresentado ao novo ministro da Saúde, Marcelo Castro (PMDB). A informação é do deputado federal Wilson Filho (PTB), autor do pedido da visita a hospitais e PSFs de João Pessoa, ontem. “Vai ter desdobramentos”, avisou Wilson.

BRASAS
*Adalberto Fulgêncio, secretário de Articulação, viu na presença de Wilson e Manoel Júnior (PMDB), dois pré-candidatos, indícios de aproveitamento político.

*Aparecida Diniz, presidente do PT de João Pessoa, jurou que na reunião de ontem à noite o partido não tratou de eleição.

*Internamente, o deputado Luiz Couto (PT), dono de notável potencial eleitoral, não dá qualquer sinal de interesse em disputar a Prefeitura da Capital.

*Indicações do vereador Fuba Maroja (PT) entraram na vassourada recente determinada pelo prefeito Luciano Cartaxo.

*Parte do desabafo do vereador Renato Martins (PSB) na reunião fechada do PSB mirou no secretário Tibério Limeira, pré-candidato a vereador.

FALA CANDINHA!
Atenta à cena política e depois do movimento do PSB em João Pessoa, dona Candinha, que respira Campina Grande, soltou esta: “Com esse adubo todo dos girassóis em João Pessoa, não vai sobrar ‘condicionador’ pro ‘cabeludo em Campina’”!

PONTO DE INTERROGAÇÃO
Com a unção do PSB, João Azevedo, conhecido pelo viés técnico, vai ficar mais político?

cartaxo 5PINGO QUENTE
“A legislação diz que a campanha agora é de 45 dias, não pudemos fazer um ano de eleição”.
Do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, condenando o PSB pela antecipação do debate eleitoral.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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