João Pessoa, 07 de novembro de 2015 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Nos bastidores, uma campanha sebosa, nojenta e baseada em ataques vis, ordinários e de mau gosto. Da cintura pra baixo, tudo é canela. Virou um vale tudo tenebroso, nivelado às estratégias despudoradas que ruborizam eleição de liga de futebol em cidade do Interior.
No público, debates de conteúdo pra lá de duvidoso. Ao final de cada embate entre Carlos Frederico, o ungido do atual presidente Odon Bezerra, e Paulo Maia, quase nada fica. Se espremer pouco sai. Um vazio que rebaixa o conceito da eleição, a pompa da Ordem, e reduz o pleito a uma mera briga insossa de grupelhos.
Na forma, a eleição virou uma disputa como outra qualquer, o que não deveria ser. O papel histórico da OAB dispensa apresentações. O relevo conquistado ao longo de sua atuação não pode ser comprometido e nem transformado numa rinha infame de escritórios rivais, agravando um processo que não é privilégio desse pleito.
Lamentavelmente, a eleição da OAB está tão parecida com as outras pelejas eleitorais a que estamos acostumados que chega a confundir o espectador mais atento. Não se sabe se estamos assistindo a uma contenda conceitual numa categoria relevante da sociedade ou uma queda de braço pueril e inconsistente de quem tem mais estrutura, bem ao estilo da politicagem barata.
De tão parecida com as outras, o certame da Ordem tem direito até a torcidas organizadas disputando quem xinga mais o adversário ou quem mais bate palmas e bajula o aliado. Um circo de espetáculo deprimente a depor contra uma instituição que acumulou respeito pela sua importância e seriedade.
Positivo…
No confronto do debate, o advogado Carlos Frederico se apresenta mais politizado, com discurso mais concatenado e melhor treinado a desancar o adversário.
…Negativo
Peca pela postura exageradamente incisiva que lhe assemelha mais a um candidato de oposição, correndo atrás do prejuizo. Nem parece estar na dianteira como pregam seus aliados.
Qualidade…
Paulo Maia, da oposição, tem comportamento sereno, equilibrado, o que despista qualquer tom de agressividade que seria natural a um candidato com sua característica.
…Deficiência
A organização da campanha, porém, precisa afinar seu discurso, carente de palavras e entonação mais convincente para conquistar o universo do eleitor indeciso.
Mérito reconhecido
“Eu venci o estigma do colunista social”. A exclamação é do jornalista e escritor Abelardo Jurema (foto), eleito novo integrante da Academia Paraibana de Letras, com diferença de um voto do seu concorrente, Evandro Nóbrega. Abelardo é o dono da coluna jornalista mais longeva da Paraíba e autor de livros como Cesário Alvim 27.
BRASAS
*Ao 60 minutos , da Rede Arapuan de Rádios, o deputado federal Veneziano Vital (PMD), contestou o saldo da gestão do prefeito Romero Rodrigues (PSDB).
*“É preciso respeitar a inteligência do povo de Campina Grande”, disse, referindo-se à publicidade de ações e obras tocadas pela atual administração.
*Ao tomar conhecimento da entrevista de Veneziano, Romero só teve uma reação: riu…
*Empresários de rádios e TV da Paraíba voltaram a se reunir na última sexta, em João Pessoa.
*Tavinho Santos, suplente do senador Raimundo Lira (PMDB), ainda tem esperança de sentir o gostinho do senado.
FALA CANDINHA
Dona Candinha revisou a Coluna e foi logo dizendo que discordava da análise da eleição da OAB. “Ainda não está igual nem pior do que as outras não, seu Heron Cid. Pra ficar igual ainda falta uma coisa: um bêbado gritando lá embaixo do palanque…”. Eu mereço!
PONTO DE INTERROGAÇÃO
Em gestões e governos honestos secretários enriquecem da noite pro dia?
PINGO QUENTE
“Isso é página virada”.
Do prefeito Luciano Cartaxo (PSD-foto), evitando polemizar com críticas de petistas.
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OPINIÃO - 22/11/2024