João Pessoa, 11 de novembro de 2015 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Ainda duvido muito que o governador Ricardo Coutinho, símbolo da renovação política na Paraíba, queira inserir no seu currículo a autoria intelectual ou material da criação de mais um Tribunal nascido, já na origem, sob o signo de um investimento público para beneficiar, alojar e privilegiar aliados, tal qual a lógica do criticado TCE.
Não duvido, porém, que o assunto tem vida, corpo e simpatia dentro do grupo governista por razões presumidas. A instalação significaria distinto e poderoso espaço de ocupação política, com direito a composição na base da porteira fechada com pétalas de confiança do jardim girassol.
O movimento interessa superlativamente a deputados com pretensões de aposentadoria regada a altos salários e generoso poder de influência junto a prefeitos e presidentes de câmaras, alvo precípuo da fiscalização e julgamento por parte do virtual novo Tribunal.
O TCM, suscitado com efervescência e muitas reações da oposição no governo Cássio, até se encaixaria em qualquer outra quadra da vida pública paraibana ou no DNA de qualquer outro governante, menos na Era Ricardo Vieira Coutinho, o político que tomou para si o mérito do caráter republicano da gestão pública e que vende essa imagem para fora da Paraíba como liderança regional.
Suscitado em pleno auge da crise econômica e tempo de cortes até na estrutura da saúde, definitivamente o TCM, sua inspiração e objetivos políticos não combinam com o estilo Ricardo Coutinho. Ao menos que já não seja mais tão necessário discurso e práticas caminhando juntos.
Afasta de mim…
A oposição percebeu que estava engolindo a corda e participando de uma discussão (TCM) cujo ônus nem o governo faz questão de assumir, por enquanto.
…Esse cálice
Reunido em almoço ontem no Olho de Lula, o grupo fechou questão na tarefa de evitar o tema. “Pode ser só um balão de ensaio”, cravou o líder Renato Gadelha.
Pingo…
Presente ao encontro, o deputado licenciado e ex-presidente da Assembleia, Ricardo Marcelo, opinou contra o TCM. O momento é ruim, dissertou Ricardo.
…Nos is
Ainda na reunião, parlamentares levantaram preocupação pela falta de clareza em torno da liderança: há confusão se o líder é Renato Gadelha ou Dinaldo Filho (PSDB).
Dilma e a retomada
Ao 60 minutos – da Rede Arapuan de Rádios – o ministro das Comunicações, André Figueiredo (foto), expressou crença de superação da crise. “Um ponto primordial era a presidente tomar para si o comando de todo o diálogo entre Executivo e Legislativo. E ela tem feito isso. Ela tem se envolvido diretamente em todos os problemas. Em 2016, teremos a redução na taxa de juros e com isso mais equilíbrio para a economia”.
BRASAS
*Na abertura oficial do Fórum da Internet, ontem, os secretários Luís Tôrres e João Azevedo ficaram colados, lado a lado.
*Lindolfo Pires (DEM) despistou sobre a reunião que teve ontem com o presidente da Assembleia, Adriano Galdino. Ambos são cotados pro TCM.
*Para o presidente da Câmara de Campina Grande, Pimentel Filho (PSD), a suspeita de venda de bolsas de sangue no Hospital da FAP é “caso de polícia”.
*O que falta para a Prefeitura de João Pessoa mandar pavimentar aquele atalho da Barreira do Cabo Branco?
FALA CANDINHA!
Ouvindo os brados da oposição na Assembleia contra a segurança, dona Candinha recorreu a sua infalível memória. “Pelo menos agora tem munição e viatura…”.
PONTO DE INTERROGAÇÃO
Por que será que as matérias do Tribunal de Justiça só chegam na Assembleia em caráter de urgência?
PINGO QUENTE
“Quem não quiser trabalhar, peça pra sair”.
Do prefeito de Sousa, André Gadelha (PMDB), na posse ontem de novos secretários, dando conselho aos velhos
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OPINIÃO - 22/11/2024