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Presidentes do NIC.br e ICANN destacam debates do IGF

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publicado em 15/11/2015 ás 17h01
atualizado em 15/11/2015 ás 17h07

O diretor presidente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), Demi Getschko, considerado a maior autoridade da internet no Brasil, destacou os debates ocorridos na 10ª edição do Fórum de Governança da Internet, realizado em João Pessoa, entre os dias 9 e 13 de novembro.

Demi Getschko, que também integra o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), afirmou que os temas foram muito bem escolhidos. “O tema de neutralidade apareceu bastante, o tema do Net Mundial gerou princípios, acabou sendo discutivo e foi bem repercutido e a gente tem toda a esperança que esse fórum continue. A ONU deve aprovar para que a gente tenha mais realizações do IGF”, observou Demi.

De acordo com Daniel Fink, da Cooperação da Internet para Nomes e Números (ICANN), empresa sediada nos Estados Unidos, o evento foi bem organizado. “As sessões foram muito ricas, tratando de assuntos diversos. O comentário é que, em relação a outros IGFs, a riqueza de discussões foi maior”, comentou.

A ICANN enviou ao Fórum em João Pessoa 12 representantes, entre diretores e funcionários. Todos interagiram nos debates e também trocaram ideias com especialistas brasileiros. Daniel explica que a ICANN funciona como um Comitê Mundial da Internet que cuida dos nomes e números na rede mundial de computadores (domínio e IP).

No IGF 2015, houve avanços no processo de discutir a transferência das atribuições dos Estados Unidos para uma espécie de colegiado mundial, a tarefa de cuidar dos endereços eletrônicos e números da internet, até então controlado pelos norte-americanos por meio da ICANN.

Nos próximos fóruns de governança, essa transição deverá ser consolidada. “Essa é a ideia global, legítima e que nenhum país tenha privilégio sobre os outros e nenhum setor também”, pontuou Daniel Fink. Ele acrescentou que  esse processo da transição está bem encaminhado e agora começam outras polêmicas, a exemplo da questão da jurisdição. “A gente começa a discutir agora se a sede, a matriz da ICANN, deve ficar nos Estados Unidos ou se muda para outro país”, antecipou.

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