João Pessoa, 27 de novembro de 2015 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A Polícia Militar foi chamada em um hipermercado de Campinas (SP) devido a uma confusão na madrugada de promoções da Black Friday, nesta sexta-feira (27). Clientes denunciaram que os preços anunciados pela empresa não eram confirmados no momento do pagamento no caixa. Alguns desistiram das compras após espera de até 4 horas.
Revoltados, os clientes chegaram a fechar uma dos acessos de saída da loja com carrinhos cheios de aparelhos de TV. O Grupo que controla o Extra Hipermercado informou por meio de nota ao G1 que mantém um rigoroso controle de preços e ofertas em suas lojas, prática ainda mais intensificada durante a Black Friday.
Sobre a confusão, a rede informou que o valor da TV foi comunicado em folheteria e em comerciais de TV. Entretanto, houve um erro na locução da oferta na loja, o que foi prontamente corrigido. No caixa, por um atraso do sistema, algumas ofertas ficaram desatualizadas, porém, os descontos estavam sendo aplicados manualmente. A rede ainda lamentou os transtornos causados aos clientes.
O aposentado Deraldo Fiori queria comprar uma TV. O produto teria sido anunciado por R$ 1.299 na loja. Mas, ele afirma que outra cliente comprou o mesmo produto que ele e as notas fiscais mostradas demonstram que foram cobrados R$ 1,3 mil em uma. E R$ 1.449 na outra.
A agente de saúde Josmara Vieira queria levar duas TVs de uma só vez. “Foi anunciada a TV por R$ 999. E quando a gente passou no caixa ela saiu na nota por R$ 1.299”, desabafa. “Eles não estão querendo passar pelo preço anunciado”, completa.
A dona de casa Camila Teatin comprou vários produtos, mas saiu sem levar nada. “Começou a passar a minha compra e toda hora não dava desconto. Depois de quatro horas esperando, eu peguei o meu dinheiro de volta, porque não sou palhaço. Brasileiro não é palhaço”, disse a dona de casa.
Ajuda do Procon
O Procon de Campinas (SP) lançou uma cartilha virtual sobre a “Black Friday”, que acontece nesta sexta-feira (27), data em que o comércio oferece produtos com descontos expressivos. Com o intuito de auxiliar o consumidor a não cair em armadilhas, o informativo dá dicas de cuidados básicos a serem tomados antes e depois da compra. O material está disponível no site da instituição.
O órgão orienta ainda o consumidor a analisar as ofertas e pesquisar se elas estão mesmo abaixo do preço. Outra dica é verificar se o site de compra possui loja física para resolver eventuais problemas, além de observar se é informado o CNPJ, endereço físico e telefone para contato.
Os consumidores também podem consultar os órgãos de defesa do consumidor e verificar se o site em que realizará a sua compra integra a lista dos não recomendados. O Procon tem um ranking com 168 sites disponível na página do órgão.
G1
OPINIÃO - 22/11/2024