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'retrocesso'

PSB da PB repudia impeachment contra Dilma

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publicado em 03/12/2015 ás 11h50
Ronaldo Barbosa, presidente municipal do PSB em João Pessoa

Lideranças socialistas da Paraíba repudiaram a abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) pelo presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O primeiro a se posicionar foi o governador Ricardo Coutinho, presidente de honra do PSB da Paraíba, que usou as redes sociais para lamentar o fato e ainda cobrar o afastamento de Cunha da presidência da Câmara.

Para Ricardo, “nossa democracia, com seus defeitos e virtudes, não pode ser refém de chantagens explícitas. O golpe não passará. Precisamos de estabilidade”. O governador destacou ainda que só é possível afastar uma presidente com provas explícitas, o que na verdade existe contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

“Cassação de mandato só com provas explícitas e pessoais de crimes, aliás, que é o que existe contra Cunha. O Congresso precisa afastá-lo”, declarou o governador paraibano.

Vingança pessoal – O secretário estadual de Infraestrutura, Recursos Hídricos, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia e pré-candidato do PSB a prefeito da Capital, João Azevêdo, também condenou o ato e destacou que um assunto de tamanha importância não pode ser debatido em forma de vingança pessoal.

“Seria muita coincidência que logo após a decisão do PT de ser favorável à continuidade das investigações contra Eduardo Cunha, ele tenha aberto esse processo”, declarou.

Azevêdo defendeu que a apuração de denúncias de irregularidades sejam feitas, contra quem quer que seja, mas de forma responsável. “A democracia brasileira é maior que isso, é maior que qualquer pessoa, que está querendo tirar proveito de uma situação grave que o país atravessa. O Brasil está amadurecido e saberá dar a resposta”.

Retrocesso – Já o presidente do PSB de João Pessoa, professor Ronaldo Barbosa, classificou a atitude de Eduardo Cunha um retrocesso para a democracia brasileira. “Essa medida é um golpe contra aqueles que lutaram contra ditadura, é um golpe contra aqueles que querem ver a democracia brasileira ser mais aprofundada e, mais do que nunca, é um golpe contra um governo democrático popular”.

Ronaldo Barbosa disse ainda que o PSB irá às ruas junto com os movimentos populares e com os partidos progressistas para tentar “impedir esse golpe contra a democracia brasileira”.

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