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Na PB, professora da UERJ critica tentativa de ‘terceiro turno’

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publicado em 11/12/2015 ás 16h30
Vânia Aieta, da UERJ

Professora doutora da UERJ, no Rio de Janeiro, Vânia Siciliano Aieta está em João Pessoa onde pretende criar um grupo de pesquisa na área governamental, em parceria com uma das mais tradicionais faculdades privadas do Nordeste. Em entrevista exclusiva ao portal MaisPB, Aieta – que é pós-doutoranda em Direito Político – comentou o atual panorama da política nacional, inclusive a possibilidade de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

“Não chamaria de golpe, até porque está se respeitando o processo. Mas, não há cabimento, em termos de conteúdo. As pedaladas fiscais não constituem violação da lei orçamentária e não viabiliza o impeachment de Dilma. A oposição forçou a barra. É o que chamamos de tentativa de terceiro turno”, disse Vânia Aieta, conselheira da OAB-RJ e presidente da Esdel (Escola Superior de Direito Eleitoral).

Outro ponto bastante polêmico – o financiamento privado de campanha – também foi questionado pela professora. Ela não acredita na idéia de que a proibição desse tipo de financiamento atenue o índice de corrupção. “Não faz diferença. O que se tem como paradigma é a transparência dos atos, com a participação efetiva da sociedade”. As empresas privadas doadoras de dinheiro para campanhas políticas fazem parte da sociedade e, conforme Aieta, têm interesses legítimos.

A presidente da Esdel (Escola Superior de Direito Eleitoral) também defendeu maior participação de mulheres na política nacional. Ela criticou o sistema de cotas de mulheres nos partidos, classificando o método como incipiente. “Ter cotas nos partidos ou mesmo criar o partido das mulheres não é fomento. Defendemos cotas no Congresso, de maneira progressiva, até que a militância seja fortalecida e a sociedade se adapte”, finalizou Vânia Siciliano Aieta.

Jãmarrí Nogueira-MaisPB