João Pessoa, 07 de janeiro de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Poucas vezes na história foi tão difícil para o paraibano o acesso a um bem fundamental e básico. Se a água está escassa pelo agravamento da crise hídrica no Estado, sem muitas providências do governo, a não ser esperar pelo milagre de São Pedro, o pouco que consegue chegar à torneira descerá atravessado pela garganta do contribuinte.
Em ano de crise, o consumidor vai pagar 21% mais caro para ter água em casa. O paraibano fará mais uma cota de sacrifício para bancar os custos operacionais da Cagepa que, mesmo com milionário empréstimo na Caixa, não conseguiu deixar a zona vermelha e nem melhorar seus serviços.
Sem respostas práticas para o desabastecimento e a iminência do colapso em algumas regiões do Estado, o governo penaliza o cidadão, que já viu imposto (literalmente) sobre seus ombros o aumento da gasolina e da energia, forças motrizes do cotidiano.
A alta repentina dos combustíveis e a ameaça do fim do terminal da Transpetro, em Cabedelo, atormentam o Estado. A Paraíba começa 2016 com más notícias. Combustíveis e água, de uma só vez, escassos e pela “hora da morte”.
…Feito à
Foi oportuno o gesto do governador Ricardo Coutinho em cobrar da Casa Civil do Palácio do Planalto o mínimo de reciprocidade com a Paraíba.
…Ordem
As constantes ameaças da Petrobrás de retirada do terminal de abastecimento do Porto de Cabedelo atentam contra a Paraíba. E contra um aliado.
Sim…
Coube a vice-governadora Lígia Feliciano a missão protocolar de receber, de viva voz, da Petrobrás, a promessa de manutenção do terminal de combustíveis no Porto de Cabedelo.
…Não
Secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico, Wilbur Jácome, repeliu especulações de problemas técnicos no Porto. “O Porto está apto”, garantiu.
Dando o troco
Foi longa a mais nova conversa do presidente estadual do PSDB, Ruy Carneiro, com o senador José Maranhão (foto), líder do PMDB paraibano. Anteontem, na casa do senador no Altiplano, Maranhão discorreu com Ruy sobre o cenário de 2016. Dias depois de ser hostilizado pelo governo.
BRASAS
*Bloco na rua – João Azevedo já dá expediente pré-eleitoral, reunindo aliados e organizando a estrutura de campanha.
*Tô nem aí – Luciano Cartaxo já deu mostras: nem responde diretamente a Ricardo e nem a João Azevedo.
*Pra quê? – O raciocínio do prefeito é simples. Ricardo não é candidato e polarizar com João, último nas pesquisas, só ajuda o adversário.
*Possibilidade – A articulação de Cartaxo não desistiu de contar com o apoio do PTB, do deputado Wilson Filho, pré-candidato a prefeito.
*Quem avisa… – Em Campina Grande, o vereador Galego do Leite (PTN) dá um conselho: “Oposição dividida só beneficia quem está no poder”.
*Mãozinha – O deputado Manoel Júnior (PMDB) anda sorrindo à toa: os ataques do governo a Maranhão facilitam sua vida e pré-candidatura.
FALA CANDINHA!
De ligações estreitas com Campina Grande, dona Candinha lamenta a crise hídrica que afeta a cidade: “Em Campina, dindim de leite está mais barato do que dindim de água”. Como diria Wellington Alexandre de Farias; “Ô velhinha ruim”!
PONTO DE INTERROGAÇÃO
Ricardo tem nome pronto para substituir João Azevedo na super Secretaria de Recursos Hídricos?
PINGO QUENTE
“Eu não me ajoelho”. Do governador Ricardo Coutinho (PSB-foto), sobre seu recado ao governo Dilma na questão da cabotagem do Porto de Cabedelo.
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OPINIÃO - 22/11/2024