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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

PMDB, um partido indo e voltando

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publicado em 29/01/2016 ás 20h36
atualizado em 29/01/2016 ás 20h41
Michel Temer e Eduardo Cunha

As duas faces de um partido que só tem um consenso: o poder

O PMDB ameaça lançar candidatura à Presidência, em 2018. A sua maior estrela, o vice-presidente Michel Temer, reforçou essa tese, ontem, em João Pessoa.

No verbo, um discurso interessante. Na prática, nada mais do que palavras. Saco de gatos, o PMDB não sabe o que quer. Aliás, sabe: não largar o poder, mesmo quando o barco começa a fazer água.

Uma hora opera, via Eduardo Cunha, para derrubar o governo. Outra hora, se compõe com Dilma, via Renan Calheiros, para limpar os estragos e abafar a fedentina das feridas.

Quando ensaia o mínimo de altivez, expressa da pior forma possível, como fez Temer na sua carta passional descrevendo lamúrias particulares à Dilma.

Dias depois, como se nada tivesse acontecido, a maior liderança do partido diz que está tudo bem. Aparadas as arestas, no dizer de Temer, ontem, em João Pessoa, a ordem é “salvar o País”. Tradução: garantir espaços ministeriais e continuar a política patrimonialista de sempre.

Humilhado pelo PT, o PMDB não consegue sair da mediocridade. Quando teve oportunidade de se afirmar, preferiu a picuinha das queixas miúdas e paroquiais a um gesto político de estadismo para a Nação.

Agora, com o impeachment sem força, se agarra ao que resta do governo que ajudou a reeleger e tentou, do seu jeito, sabotar. Sem sucesso e longe de virar uma opção consistente para a hipótese de afastamento da presidente, ativa os caninos para sugar o que resta do sangue de Dilma.

Só não percebe que está dentro do ciclo dessa hemorragia e chegará em 2018, o ano do discurso da tal candidatura, anêmico de credibilidade.

Vacina…

Não resta dúvida. A visita de Temer reforça para dentro a candidatura do deputado Manoel Júnior à Prefeitura de João Pessoa.

…Anti-aliança

O recado do vice-presidente blinda Manoel da ala dissidente do partido que rejeita o ‘protagonismo’ e prega apoio ao PSB.

Apoio…

Na Paraíba, Temer conseguiu o que queria: a sinalização da bancada federal inteira fechada com seu projeto de manter o comando do PMDB.

…Estratégico

A afinidade de Michel com o PMDB paraibano começa com a relação dele com o senador José Maranhão, o cabeça do partido no Estado.

Aleuda SáCarma na saúde de JP

Durou dois meses e uma semana a passagem da médica Aleuda Sá (foto) na Secretaria de Saúde de João Pessoa. Antes de oficializar sua decisão pessoal, ela reuniu a família e comunicou suas razões. Depois, encaminhou pedido de demissão ao prefeito Luciano Cartaxo. Aliados do prefeito ainda tentaram contornar. Em vão.

BRASAS

*Solucão caseira – Homem de confiança de Cartaxo, Adalberto Fulgêncio foi convocado para voltar ao cargo em que foi antecedido por Lindberg Medeiros e sucedido por Mônica Figueiredo.

*Entra e sai – A oposição pegou o gancho para criticar a quarta mudança na Saúde. “A culpa é do gestor”, acusou o vereador Raoni Mendes (PTB).

*Pontuando – A semana foi boa para a oposição na Capital. Wilson Filho (PTB), Manoel Júnior (PMDB) e João Azevedo (PSB) se mexeram bem.

*Erro – No confronto com assessores de Romero, o deputado Veneziano Vital (PMDB) está ganhando holofotes gratuitamente.

*Bayeux – Carlos Souza, irmão do ex-prefeito e apresentador Jota Júnior (PMDB), bem cotado para ser o vice de Expedito Pereira (PSB).

FALA CANDINHA

Mandinga

Para a mística dona Candinha, o entra e sai na Saúde de de João Pessoa tem uma explicação: “É a praga jogada por Roseana Meira”.

PONTO DE INTERROGAÇÃO

Quem indicará a vaga de Bival Dantas, na Ciência e Tecnologia, da Capital?

maranhãoPINGO QUENTE

“A aliança não significa submissão”. Do senador José Maranhão sobre a presença do PMDB do governo e a relação com o PSB.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB