João Pessoa, 23 de fevereiro de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande (FCM-CG), através do Núcleo de Genética Médica (NUGEM), lança uma importante campanha de fomento à pesquisa do ceratocone, uma das doenças oculares de maior
incidência na população brasileira.
A ação consiste em uma chamada voluntária para participação de alunos, professores e demais interessados. O coordenador do NUGEM, doutor Bruno Schamber, destacou que foram encontradas, em um estudo desenvolvido na IES, algumas mutações no gene VSX1, envolvido na patogênese da ceratocone, e a chamada voluntária contribuirá para validação da pesquisa. “Para darmos continuidade ao trabalho, além de ser necessário analisar o DNA de pacientes afetados, também precisaremos coletar o sangue de pessoas que sabidamente não possuem a patologia”, comentou Bruno.
Para participar, os interessados deverão se dirigir ao primeiro andar da Clínica Escola da Facisa/FCM, localizada no bairro Itararé, às terças-feiras, das 9h às 12h, e preencher um cadastro. Na oportunidade, farão exame topográfico ocular gratuito e deverão doar 5ml de sangue para análise. Os voluntários, caso queiram, poderão
conhecer o resultado do exame de DNA para as mutações estudadas. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Unifacisa.
CERATOCONE
O ceratocone é uma doença que afeta o formato e a espessura da córnea, provocando a percepção de imagens distorcidas. Os principais sintomas envolvem visão borrada e distorcida tanto para longe quanto para perto, dores de cabeça, fotofobia e coceira. A evolução do ceratocone é quase sempre progressiva com o aumento do astigmatismo e
miopia e perda de visão. A incidência média da doença na população é de uma pessoa afetada para cada 2000 indivíduos. As alternativas de tratamento envolvem a utilização de óculos, lentes de contato e muito frequentemente o transplante de córnea.
Ainda não se sabe ao certo quais causas genéticas e ambientais contribuem para o aparecimento e desenvolvimento da doença. As análises genéticas que vem sendo realizadas no NUGEM propõe contribuir um pouco mais no entendimento da patofisiologia do ceratocone humano.
MaisPB
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