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Aliado de Cunha

Caso Cunha: Paraibano cria nova polêmica no Conselho de Ética

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publicado em 24/02/2016 ás 09h17
atualizado em 24/02/2016 ás 11h32

Em mais uma ação para tentar engavetar de vez o processo de cassação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a defesa recorreu nesta terça-feira (23) novamente ao Supremo Tribunal Federal, dessa vez para tentar inviabilizar a permanência do presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA) no cargo.

Segundo Marcelo Nobre, advogado de Eduardo Cunha, a medida é para que seja respondida questão de ordem apresentada pelo deputado Wellington Roberto (PR-PB), que coloca em dúvida a isenção do presidente do colegiado na condução dos trabalhos. Marcelo Nobre argumentou que o processo não pode prosseguir enquanto essa questão não for resolvida.

A reunião do Conselho de Ética foi encerrada sem a análise do relatório, em virtude do início do período de ordem do dia do Plenário da Câmara.

Na prática, Nobre pede ao STF que paralise o processo no Conselho enquanto não for decidida a questão de ordem de Roberto.

Na peça, menciona, por exemplo, o fato de o presidente do Conselho já ter declarado por diversas vezes seu ponto de vista contrário a Cunha em entrevistas à imprensa, colegas e no próprio plenário da Casa ou em discursos no Conselho.

A defesa fala ainda em “grave quadro repetitivo de fraude regimental e flagrante abuso de poder”. Menciona ainda o fato de Araújo não ter respondido o questionamento de Welington Roberto, mais um dos aliados do presidente da Câmara no colegiado.

Ainda durante a sessão a a atitude do grupo de Cunha foi criticada. De acordo com o deputado Ivan Valente, a iniciativa é mais uma atitude de protelação.

“O senhor Eduardo Cunha tem dez processos respondidos, tem oito delatores premiados. Ele mentiu na CPI da Petrobras, tem contas na Suíça, não quer vir aqui fazer sua defesa porque sabe que pode entrar em contradições com a continuidade dos dados da Operação Lava-Jato. Ele precisa ganhar tempo ”, criticou Valente.

MaisPB