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Após reunião de 14h, alunos da UFPB acabam greve de fome

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publicado em 03/03/2016 ás 09h10
atualizado em 03/03/2016 ás 11h13

Acabou a greve de fome de quatro estudantes da UFPB, no Campus I, em João Pessoa. Eles protestaram por nove dias e a luta não foi em vão.  Após reunião com uma comissão da UFPB (a reitora Margareth Formiga – convidada – não participou), reivindicações dos manifestantes deverão ser atendidas. A reunião durou 14 horas e foi marcada pela promessa de que as solicitações seriam atendidas.

Agora pela manhã, os grevistas se alimentaram e participam de uma reunião para repasse de informações. O prédio da reitoria está fechado e não haverá expediente até meio-dia. A manifestação exige mais vagas em restaurantes universitários e residências universitárias para estudantes em situação de vulnerabilidade social.

Nos nove dias de greve de fome, um dos manifestantes passou mal por duas vezes. Em uma delas, teve de ser internado no Hospital Universitário. Protestantes acusam a reitora de insensibilidade e de não ter prestado socorro ao aluno que sofreu convulsões.

A greve recebeu notas de apoio e solidariedade de instituições representativas de alunos e professores do país inteiro, além de coletivos culturais e artistas paraibanos. Ontem à noite, o programa cultural da manifestação teve shows de Totonho, Adeildo Vieira, Escurinho, Pedro Osmar, Cida Alves e Milton Dornelas. Também houve apresentação do mon´logo ‘Os malefícios da fome’, de Daniel Araújo.

Abaixo, na íntegra, nota oficial do movimento publicada às 1h28 em página do Facebook:

“A negociação junto à comissão da Reitoria permanece (destaca-se a negativa da Reitora Margareth em comparecer na reunião). Enquanto isso, é importante chamar a atenção da comunidade para a situação que se pôs em sua porta no dia 23/02 (há 8 dias): a Greve de Fome por assistência estudantil e as movimentações que giram em torno do momento político que a UFPB vem passando. Mais uma vez, destaca-se a postura de completa indiferença da Reitora frente às demandas do movimento desde o início de sua eclosão, além da reiterada falta de diálogo. Denuncia-se, através de todo o processo de mobilização em torno da Greve de Fome por assistência estudantil, o estado opressor e ditatorial instaurado na UFPB nessa última gestão. A negativa de diálogo da Reitoria frente às demandas estudantis vem se prolongando nos últimos tempos e desembocou na atual revolta da classe. Assim, a resistência segue em frente até as reivindicações serem atendidas”.

 

Jãmarrí Nogueira-MaisPB