João Pessoa, 11 de abril de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Antes do início da sessão que discutirá e votará o parecer favorável à continuidade do processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff, deputados a favor e contra o impeachment brigaram para definir a forma como seria registrada a presença dos parlamentares. Essa lista é importante porque, na ausência de deputados titulares, votam suplentes por ordem de chegada. O início da sessão estava marcado para as 10h, mas ela começou às 10h56.
A previsão é que a votação do relatório ocorra no fim da tarde desta segunda. Depois, independentemente do resultado na comissão, que pode se posicionar contra ou a favor da presidente, o caso vai ao plenário da Câmara dos Deputados.
O deputado Laudívio Carvalho (SD-MG), que diz ter chegado antes das 7h, fez uma lista de presença num papel, já que o painel eletrônico que registra presença não estava aberto. “Chegamos a um acordo, para fazer uma lista e registrar presença. Mas outros deputados chegaram e não concordaram com a lista”, disse.
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Orlando Silva (PCdoB-SP) foi um dos deputados que questionaram a lista no papel, dizendo que ela era informal. “O presidente deveria ter aberto o painel pelo menos uma hora antes, para que aqueles que chegaram antecipadamente pudessem marcar presença. Agora, haverá controvérsia”, afirmou.
O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) gritou com o deputado Orlando Silva no plenário da comissão. “Vocês não respeitam nem fila. Vocês não têm ética, não sabem o que é ética”, disse. Orlando Silva, que se manteve sentado, respondeu: “Não vai ter golpe, Marun”.
O deputado Vitor Valim (PMDB-CE), que aparece em terceiro na lista feita por Laudívio Carvalho, afirmou que os governistas não querem respeitar a lista porque ele é a favor do impeachment. “Se a suplência for por partido, eu seria o que votaria primeiro no lugar do [deputado] Washington Reis (PMDB-RJ), que tá doente no Rio de Janeiro. Aí não querem cumprir porque sabem que sou a favor do impeachment”, disse.
G1
OPINIÃO - 26/11/2024