João Pessoa, 26 de abril de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Jamais agrediria verbalmente gratuitamente quem quer que fosse, ainda que discordasse completamente de suas convicções, por mais que as julgassem contaminadas por má-fé. De forma nenhuma, também, sendo acossado por provocações, cuspiria meu contendor e muito menos a sua companheira imóvel ao lado de uma mesa de restaurante.
O que temos visto, assistido e testemunhado no Brasil é um extremismo quase fundamentalista. E com frequência acompanhado de radicalismo político transformado em ódio que justifica um vale tudo no combate aos contrários.
Para mim, esse extrato é o pior da atual crise brasileira: o fosso que o seu pobre e histérico dualismo tem imposto no debate sobre quase tudo. É mais devastador do que o desmantelo político e o caos econômico provocado por uma gestão inapta.
Vivemos na era dos extremos. Um tempo em que um lunático Jair Bolsonoro (PSC) serve de referência para muita gente e, sem nenhum pudor, celebra à memória de torturadores e ofende um deputado debochando de sua opção sexual, e que uma turba inflamada vibra e aplaude um Jean Willys, tanto quanto extremado, pela reação em forma de cuspe, depois de um show de histeria nos microfones.
Os excessos, em nome de respectivas bandeiras e causas particulares, chegam ao nível máximo distorce conceitos. O “grelo duro”, no dizer do ex-presidente Lula, é uma expressão de exaltação às mulheres fortes. O “bela, recatada e do lar”, da Veja para caracterizar a iminente primeira-dama do Brasil, é machismo. O discurso se molda as conveniências.
O Brasil tem sido reduzido a uma pouco inteligente polarização. Esquerda e Direita, coxinhas e petralhas, PT e PSDB, impeachment e golpe. E o nosso País, gigante em dimensão e ainda maior em cultura e discernimento, não pode ser rebaixado a uma República da Ignorância e aceitar involuir. Cuspir somente contra essa dicotomia barata.
Exame…
Foi o Instituto Cipec (Pernambuco), o responsável pela consulta deflagrada pelo governador Ricardo Coutinho para reavaliar o quadro em João Pessoa.
…Detalhado
A pesquisa passou por vários bairros de João Pessoa, trazendo, além de João Azevedo, as opções da deputada Estela Bezerra e da secretária Cida Ramos.
Pra bom…
“O fato é que o PSB não desmente e nem o candidato aparece”. Frase de uma pétala girassol, angustiada com as nuvens pesadas das últimas horas.
…Entendedor
Em seguida, um complemento sintomático. “Já vi isso antes. Preparação de terreno”, murmurou, lembrando do traumático janeiro de 2012.
Alô
Líder do governo, Hervázio Bezerra (PSB-foto) abriu o coração. Diz que não está sabendo, por parte do seu partido, da retirada de candidatura. Mas deu a deixa: espera numa situação (retirada de candidatura) como essa pelo menos um telefonema da cúpula socialista.
BRASAS
*Endereço errado – A pesquisa Cipec deu o azar de passar na casa de um petista taludo. A esposa foi a entrevistada.
*Sem acordo – Charlinton Machado, candidato a prefeito, descartou ontem no Frente a Frente (TV Arapuan), o PT na vice do PSB, em João Pessoa.
*Bolsa de apostas – A articulação do prefeito Luciano Cartaxo (PT) calcula que o governador Ricardo Coutinho vem de Estela Bezerra (PSB).”
*Psicologia – Na solenidade nesta manhã, na Praça João Pessoa, Estela até repetiu as palavras, mas não escondeu o seu novo semblante.
*Enfileirada – “Sou soldada do PSB”. É o que tem dito com frequência a secretária Cida Ramos (PSB) à imprensa.
FALA CANDINHA!
A história se repete
De dona Candinha sobre a cena de João Pessoa: “2012, o ano que ainda não acabou”!
PONTO DE INTERROGAÇÃO
O que conversaram demoradamente o vereador Marcos Vinicius (PSDB) e o deputado Pedro Cunha Lima (PSDB)?
PINGO QUENTE
“João está firme e forte”. Do bem informado e entrosado Zezinho do Botafogo (PSB-foto), sobre o atual momento político do PSB.
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