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Um verdadeiro circo. E não é só força de expressão. Assim foi a sessão extraordinária do Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba (TJD-PB), na noite desta quarta-feira (11), que tinha como objetivo o julgamento do mérito da ação impetrada pelo Treze contra o Campinense e a Federação Paraibana de Futebol – o alvinegro pede a eliminação do rubro-negro por não apresentar as certidões negativas de débitos, exigência da nova Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte.
A sessão começou sem a presença de um dos auditores, que só chegara com a reunião em curso e já cercada de tensão. Logo na primeira fala, o advogado do Treze, George Ramalho, pediu o impedimento do presidente Lionaldo Santos, sob a alegação de que o mesmo havia se manifestado sobre o caso de forma antecipada em entrevista à imprensa. O requerimento irritou Lionaldo que passou a travar um duelo particular com a defesa do time alvinegro.
O momento mais delicado, no entanto, se deu na votação dos auditores. Depois do relator Heraldo Teixeira de Carvalho votar contra o pedido do Treze, a auditora Graça Costa pediu vistas por não ter tido acesso ao processo. Não satisfeito, o presidente Lionaldo Santos atacou: “você não está preparada para estar aqui”.
A partir daí o tempo fechou e o andamento da sessão tornou-se inviável.
“Não me faça lavar roupa suja do que acontece aqui”, ameaçou Graça Costa.
Resistente ao pedido de vista da auditora, Lionaldo Santos seguiu com a sessão, que teve cinco votos a zero pela improcedência da ação contra o Campinense.
“Não preciso ter acesso ao processo para poder votar”, desdenhou o auditor Ricardo Oliveira.
Os auditores André Cavalcante, Ricardo Barros e Jaime Carneiro não aceitaram votar antes daquela que tinha pedido vistas, restando quatro votos.
Com o impasse criado, o presidente Lionaldo Santos se viu obrigado a convocar uma nova sessão extraordinária para sexta-feira. Com uma viagem programada para esta quinta-feira (12), a auditora Graça Costa protestou por talvez não estar presente no dia seguinte.
O Campinense esteve representado pelos advogados André Ribeiro e Luciano Pires que se apegaram a tese do direito adquirido para contrapor a acusação trezeana. Marcos Souto Maior Filho defendeu a FPF.
MaisPB
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