João Pessoa, 06 de junho de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
São poucas, pouquíssimas, cidades que transmitem, de cara, o mormaço e magia de suas entranhas com a intensidade de Campina Grande, terra que voltei a ter o privilégio de passar agradáveis momentos, graças à oportunidade ofertada pelo Sistema Arapuan de Comunicação, que nos escalou (Anderson Saores e eu) para gerar o 60 Minutos Especial, da abertura do São João, na última sexta.
Da voz do passarinho Amazan e seu timbre particular ao canto no Tom sereno de um Oliveira cheio de arte na veia, Campina é um açude velho renovado perenemente de poesia, de raça e de uma cultura própria que suas margens não conseguem represar e fazem desaguar sucessos Brasil afora.
Meu encantamento por Campina Grande foi do tipo amor à primeira vista. Desde a primeira vez que lá atraquei, ainda aos sete anos de idade. Foi a primeira paragem fora dos arredores de Marizópolis. Levado por dona Marizete, cheguei por um motivo pouco alvissareiro. Uma cirurgia de amídalas no João XXIII, de propriedade do hoje meu amigo e deputado Renato Gadelha.
De lá pra cá, cada vez que volto o sentimento é o mesmo. Respiro, como em estado de graça, uma atmosfera mágica, divina. Basta subir a Serra e avistar ainda ao longe a sua imponência e a cerração que anuncia a chegada num templo de trabalho, criatividade, inovação e caldo cultural fervente.
Somente essa mistura poderia fazer dela o que é. Pujante na economia do Interior do Nordeste, representativa de tradições políticas e timoneira no ritmo musical, uma página à parte no livro do forró com seus ícones Marinês, Abdias, Rosil Cavalcanti, Jackson do Pandeiro, Antônio Barros, João Gonçalves, Genival Lacerda…
Sou apaixonado pelo cheiro da terra molhada de sua neblina, conquistado pelo sabor de uma culinária que passeia do rústico ao refino, e um tocado e comovido pela largueza de espírito do seu povo, alma, altivez e orgulho próprio, ingredientes e diferenciais que pulsam o coração a bater a maior auto-estima do mundo.
Civilidade…
Juntos na mesma mesa, no 60 Minutos, adversários campinenses deram lições à Paraíba de convivência respeitosa.
…Campinense
Senadores Raimundo Lira (PMDB), Cássio Cunha Lima (PSDB), o casal Lígia e Damião Feliciano (PDT) e Enivaldo Ribeiro (PP).
Troca de…
“Como resistir a essa antipatia”, brincou o tucano Cássio Cunha Lima, para um risonho deputado Damião Feliciano.
…Afagos
De pronto, Feliciano sacou do colete. “Admiro o trabalho do deputado Pedro pela Educação na Câmara”. Massageou o pai.
No plural
À coluna, o prefeito Luciano Cartaxo (PSD-foto) explicou o significado do gesto de tomar café da manhã com cerca de 300 operários da obra do Novo Parque da Lagoa, nesta manhã: “É o reconhecimento sincero de que ninguém, nem no poder, faz nada sozinho. Estamos transformando sonhos em realidade a muitas mãos. É isso não é possível fazer na base do ‘eu’. É uma construção do ‘nós’. De todos. João Pessoa conjuga o presente e o futuro no plural”.
BRASAS
*Motivo? – O vice Ronaldinho Cunha Lima (PSDB) não explicou ainda a ausência na abertura do São João. Se limitou a falar em ‘contratempo’.
*Multidão – Prefeito Romero Rodrigues (PSDB) satisfeito com o saldo do primeiro fim de semana do São João de Campina.
*Sem inovação – Veneziano Vital, deputado e pré-candidato a prefeito, critica a ausência de novidades na festa.
*Fórmula – Vice-governadora, Lígia Feliciano (PDT) vai palmilhando gradativamente. Age com discrição, mas angariando simpatia e trânsito.
*Adrenalina – Aliados do deputado Adriano Galdino (PSB) empolgados com os passos da pré-campanha em Campina Grande.
*Pocinhos – Arthur Almeida (PPS) diz que falta a candidatura de Galdino identidade com Campina Grande.
À tiracolo – Lucas Ribeiro (PP) intensificou aparições com a mãe, a deputada Daniella Ribeiro (PP), em eventos públicos de Campina Grande.
*Nas alturas – O deputado Rômulo Gouveia (PSD) com prestígio em alta com o ministro das Comunicações, Gilberto Kassab.
FALA CANDINHA!
Simples assim
Dona Candinha achou desnecessário o discurso do senador Cássio Cunha Lima ao revidar grupo pró-Dilma no Parque do Povo que lhe atacaram com “golpista” de palavra de ordem. “Bastava responder: petistas”!
PONTO DE INTERROGAÇÃO
A delação de Marcelo Odebrecht pegará alguém na Paraíba?
PINGO QUENTE
“Manoel Júnior vai dá trabalho”. Do ex-senador Marcondes Gadelha (PSC-foto) sobre o apoio do seu partido ao candidato do PMDB na eleição de João Pessoa.
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