João Pessoa, 13 de junho de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Gestão pública não é só feita de pedra e cal. Ela é também de iniciativas que nem sempre são erguidas com ferro e concreto. Quando estrutura e política pública se encontram, a cidadania se completa.
A intervenção que pariu o Novo Parque da Lagoa, em João Pessoa, é um exemplo dessa combinação: obra e humanização.
Essa mão dupla tem ainda mais sentido numa cidade com a característica marcante da nossa Capital, reconhecida pela sua aura de bom lugar pra se viver, ciosa de espaços de convivência.
Pela dimensão, complexidade e simbologia, a concretização da Nova Lagoa foi um ato de ousadia e coragem do prefeito Luciano Cartaxo, que se demonstrou obstinado em mexer num vespeiro, tratado epidermicamente pelas gestões municipais.
Se resolvesse ‘somente’ os históricos transbordamentos que enfeavam o nosso mais representantivo cartão postal, a ação já teria sido significativa do ponto de vista da engenharia e do cidadão, atingido periodicamente pela inviabilidade e caos em que a Lagoa se transformava em tempos de chuvas.
Fosse ‘apenas’ o resgate centenário do conceito de Parque, fazendo daquele espaço um centro de convergência para práticas de lazer, esportes e de congregação da criança, do jovem, do idoso e da família, já seria uma conquista e tanto.
Ultrapassou. O projeto da Nova Lagoa aliou os dois instigantes e históricos desafios e inaugurou em João Pessoa, inspirada pelo verde e vocacionada para a qualidade de vida, um jardim de contemplação e um campo largo e arborizado para reunir no plural, convivendo com os arredores de comércio, negócios, imóveis e desenvolvimento.
A Nova Lagoa, portanto, mexe com a auto-estima dos pessoenses, no seu símbolo maior, mas tem em si, o mais importante e significativo: além de bela, ela é funcional e terá serventia, diária e gratuitamente, ao turismo, à economia e à vida em comunidade.
Ignorar esses méritos ou buscar a todo custo encontrar defeitos pela simples motivação da disputa política, é uma postura equivocada e contraproducente, nada constrói e só alimenta uma cultura ultrapassada e menor de revanchismo.
Cada gestor, ao seu modo e tempo, deu sua contribuição a João Pessoa. E todos foram e são reconhecidos pelo o legado que deixaram. Nessa quadra, Luciano Cartaxo entrou, por justiça, definitivamente na galeria dos prefeitos destacados dessa Capital. Imprimiu seu nome e concepção de gestão e cidade na Lagoa. E escolheu um lugar emblemático. A geografia circular lembra o anel de uma aliança de casamento e seus significados. Sem começo e nem fim.
Além da…
No seu discurso e para uma grande plateia, nesse domingo, Luciano frisou que o Novo Parque traz em si um conceito de cidade.
…Embalagem
“O conceito que aponta para o respeito, a liberdade, a alegria, a solidariedade, a união, o direito de sonhar e de fazer”, registrou.
Mensagens…
Durante as bênçãos, o arcebispo Dom Aldo Pagotto fez um apelo à cidade pela conservação do Parque da Lagoa
…Subliminares
O deputado Rômulo Gouveia (PSD) frisou a intervenção sem conflitos com comerciantes: “Sabemos qual era a política usada antes”.
Tirando o time
Zenildo Oliveira (PSD) e Zé Célio (PPS), até então candidatos ‘irreversíveis’, não resistiram à primeira investida pessoal do governador Ricardo Coutinho para unir as oposições em Sousa. Ambos toparam colocar o nome no crivo do critério das pesquisas, que obviamente beneficia e levará o ex-prefeito Fábio Tyrone (PSB) a ser o candidato do grupo.
BRASAS
*Lexotan – O Sistema Arapuan divulga hoje números da corrida pela sucessão em João Pessoa, ao meio dia, no Rádio Verdade, com Nilvan Ferreira.
Largada – Expectativa para o desempenho de Cida Ramos (PSB), notadamente mais ‘candidata’ que João Azevedo (PSB).
*Fora de combate – O chefe de Gabinete, Fábio Maia (PSB), passou o fim de semana padecendo com uma crise aguda lombar.
Festa – Aniversariante de sábado, o deputado Galêgo Souza (PP) comemorou com amigos, correligionários e aliados em São Bento.
Batalha – Candidato à sucessão em Patos, o deputado Nabor Wanderley (PMDB) chega com a faca nos dentes para enfrentar Dinaldo Filho (PSDB).
Prego batido – Prefeito de Mogeiro, Antônio Ferreira (PR), vai de Alberto, seu sobrinho, como candidato à sua sucessão.
Divisão – Lá, o vice Zé Neto (PSC) tenta o apoio do empresário Fernando Ferreira, instado a brigar com irmão e sobrinho.
FALA CANDINHA!
Curta e grossa
Dona Candinha: “Nesse debate da Lagoa, muita gente pode morrer que nem peixe: pela boca”.
PONTO DE INTERROGAÇÃO
Com um mês, o governo interino de Michel Temer tem que cara?
PINGO QUENTE
“O povo foi usado para perpetuar poderes”. Do governador Ricardo Coutinho (foto), em Campina Grande, criticando a “política de grupos” na cidade.
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TURISMO - 19/12/2024