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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

A visita de Dilma e a coerência de Ricardo

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publicado em 16/06/2016 ás 08h10
atualizado em 16/06/2016 ás 09h25
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Mesmo com Dilma sem nada para lhe oferecer, o governador da Paraíba não se acovardou ao recebê-la

Quase nada a presença da presidente Dilma Rousseff produziu de novidade. No geral, a mesma cantilena de sempre contra o “golpe” e a defesa pessoal de que não praticou crimes. A culpa da crise é de todos – Congresso, Polícia Federal, Justiça Federal, Procuradoria da República e Supremo Tribunal Federal, menos dela própria.

Se, enquanto no poder e para se salvar, a presidente nunca teve o mínimo de sensibilidade para reconhecer erros e fazer mea-culpa, não será agora, fora dele, que podemos esperar outra postura a não ser terceirizar todas as responsabilidades pela maior crise política e econômica dos últimos trinta anos.

A merecer registro mesmo só a recepção do governador paraibano. Posso pessoalmente não concordar na essência com a defesa feita com entusiasmo, mas Ricardo Coutinho imprime firmeza quando se mantém ereto ao continuar tendo a mesma posição política que expressava, sem titubear, antes da queda da petista.

A ausência de poder e caneta não impediram Ricardo de ser o principal anfitrião de Dilma na sua parada pela Paraíba. Posou ao lado dela e voltou à carga contra o afastamento da presidente, sem medo de retaliação e sem qualquer receio de desagradar o governo interino.

Numa política habituada à volatilidade e num ambiente de “salve-se quem puder”, a sobrevivência administrativa se sobrepõe e qualquer recuo estratégico chega a ser até compreensível. Dilma caiu, mas Ricardo não quedou. Se impôs na sua convicção, sem temores e tremores. Discorde-se até no mérito, mas tire-se o chapéu para a coerência.

Teste de…
Jornalistas simpáticos à causa de Dilma saíram um tanto frustrados com a postura da petista, na coletiva.

…De fogo
“É covarde”, confidenciou à Coluna, um deles, para quem a presidente deveria ser mais contundente, e menos arrogante.

Conforme…
O Governo do Estado do Ceará confirmou a palestra da ex-secretária Cida Ramos (PSB) sobre a experiência do Cidade Madura.

…Anunciado
Conforme ela havia anunciado anteriormente, a socialista esteve ontem na sede da Secretaria de Desenvolvimento Humano do Estado, em Fortaleza.

15036328Piscina cheia de ratos
Enquanto Dilma reclamava na Paraíba de ‘golpe’, a delação de Sérgio Machado (Ex-presidente da Transpetro-foto) pipocava, pegando do presidente interino Michel Temer ao líder da oposição, Aécio Neves (PSDB). Um dia antes, Eduardo Cunha tombava no Conselho de Ética, da mesma forma que a presidente começou a cair na Comissão do Impeachment. Inevitável não lembrar do poeta Cazuza: “Tuas idéias não correspondem aos fatos”.
BRASAS
*Sobrecarga – Luís Tôrres, secretário de Comunicação, atarefado nas últimas horas com missões estratégicas.

*Stand-by – Direto de Brasília, o secretário Lindolfo Pires (Pros) evitou falar em transferência para a pasta do Turismo.

*A postos – “Estou num projeto e sirvo a ele onde for chamado”, disse Pires, deputado licenciado e atual secretário de Representação na Capital Federal.

*Enquanto isso – O vereador Raoni Mendes (DEM) se aquece nos bastidores para assumir vaga a qualquer momento na Assembleia.

*Soma – Zennedy Bezerra (PSD) se diz contra ‘chapa puro’ sangue. “Defendo composição e ampliação de aliança”, enfatiza.

*Nos tribunais – Não está sendo fácil a vida do ex-prefeito Fábio Tyrone (PSB), implicado na Justiça com ações que vão de violência doméstica a ação de despejo.

*Sabedoria popular – Lição da sessão de ontem na Assembleia para o líder Hervázio Bezerra (PSB): quem diz o que quer, ouve o que não quer…

FALA CANDINHA!
X9
De dona Candinha sobre as últimas mesadas da República: “Só um ‘Machado’ para cortar o ‘PMDB’ pela raiz”.

PONTO DE INTERROGAÇÃO
Tirando Manoel Júnior, quem seria o nome indicado pelo PMDB pra vice, em caso de aliança com Luciano?

 PINGO QUENTE
“É querer juntar água com óleo”. Do líder Hervázio Bezerra (PSB-foto) sobre uma aliança entre PMDB, PSDB e PSD nas eleições de João Pessoa.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB