João Pessoa, 21 de junho de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Em qualquer lugar desse Brasil, segurança pública é um calo. Daqueles que incomodam até sangrar. Se para o cidadão o sentimento é de cobrança e insatisfação, para a gestão um desafio diário e guerra permanente de altos e baixos.
No auge dessa crise de violência, não adianta dourar a pílula e tentar espetacularizar o tema. Nem para o caos, nem para o jardim da fantasia. Quem encara o tema de forma séria, nua e crua, já tem grande vantagem: a credibilidade.
Nesse quesito, o secretário Cláudio Lima sobra. Não foge da realidade, fala em redução, mas concorda com a maioria de todos nós: “Está longe de termos números e situação aceitáveis”.
Ontem, no Frente a Frente, da TV Arapuan, deu nova prova. Tratou de forma técnica, como lhe é peculiar, todas as crises. Do recrudescimento das explosões de caixas eletrônicos ao aumento de assaltos a pessoas na Capital do Estado.
Mas surpreendeu ao confessar, de viva voz, que, há cinco anos e seis meses no cargo, sente que seu prazo expirou no comando da pasta mais delicada e criticada do Governo.
“Eu acho que já passou da hora”, desabafou o delegado de carreira da Polícia Federal, exausto do acúmulo de atividades, cobranças e funções de uma pasta que os políticos, sempre ávidos por cargos e poder, fogem como o diabo da cruz.
O excesso de sinceridade não é nem de longe um gesto de quem joga a toalha. Traduz, na verdade, a postura de humildade de quem tem consciência que já deu sua cota de sacrifício na tarefa de ‘enxugar gelo’ combatendo o crime num sistema que só facilita a vida do criminoso. Com segurança no que diz.
Joio do…
Na entrevista, Cláudio demonstrou que consegue conviver bem com a crítica do cidadão. “Esse tem razão de cobrar”.
…Trigo
Quanto aos ataques da política…: “Tem político jovem que um dia irá governar esse Estado e sentirá na pele”.
A Paraíba que dá certo
Hoje, às 19h30, estarei perfilado na fila da Livraria Leitura (Manaíra Shopping) entre tantos que lá passarão para cumprimentar e receber o autógrafo do autor de “O Código da Mudança”, primeiro livro do meu amigo, escritor, empresário, advogado e palestrante Othon Gama (foto). Pessoense obstinado, ele deflagrou carreira promissora em São Paulo como estudioso do comportamento e em pouco tempo de lançamento já é sucesso de vendas nas principais livrarias do Brasil. Um exemplo de fé e de transformação pela disciplina e educação.
BRASAS
*Inelegíveis – Expedito Pereira (PSB), prefeito de Bayeux, não se abateu com a inclusão do seu nome na lista do TCU. Diz que vai recorrer.
*Sobrevivência – Wellington Roberto (PR) não engole a ‘investida’ do PSB em Santa Rita, a maior Prefeitura do seu partido.
*Mensagem – Na inserção seu partido na TV, o deputado Adriano Galdino prega para Campina Grande o ‘modelo’ PSB de governar.
*Lenitivo – O governador Ricardo Coutinho saiu aliviado da reunião dos governadores com Temer.
*Oxigênio – Com mais prazo de carência e alongamento para pagamento da dívida, seu governo respirará melhor pelos próximos meses.
*Acordado – Wilson Filho (PTB) não cochila. De uma sexta para uma segunda, pilotou três eventos de sua pré-candidatura.
*Culpa – Manoel Júnior (PMDB) critica o processo de agravamento da erosão da Barreira do Cabo Branco e atribui a Ricardo e Cartaxo.
FALA CANDINHA!
Festival de pecados
De dona Candinha sobre o carnaval da política e gestão em Santa Rita: “De santo lá só o nome da cidade”.
PONTO DE INTERROGAÇÃO
Noiva cobiçada, com quem o PP vai ‘casar’ em Campina Grande?
PINGO QUENTE
“Pode vir quente que estamos fervendo”. Do líder do governo, Marco Antônio (PHS-foto), sobre a chegada na Câmara da suplente Sandra Marrocos (PSB).
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OPINIÃO - 22/11/2024