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sem desanimo

Estudo deve continuar, mesmo sem novos concursos, dizem especialistas

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publicado em 10/07/2016 ás 15h59

O ano de 2017, assim como este ano, não deve ser muito movimento para quem está em busca de uma vaga no serviço público federal. No início de junho, o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Dyogo de Oliveira afirmou que a proposta de orçamento do governo para 2017 não prevê a realização de novos concursos públicos.

Mas, segundo especialistas ouvidos pelo G1, os candidatos não devem desanimar e parar de estudar, já que a suspensão se refere apenas à esfera federal e ainda existem as oportunidades nas esferas estadual e municipal e nas empresas estatais.

A suspensão dos concursos teve início em setembro do ano passado, como parte do pacote fiscal anunciado pelo governo federal para tentar atingir a meta de superávit primário (economia para pagamento de juros da dívida) neste ano.

Na época, o governo informou que a suspensão dos concursos em 2016 abrangeria até 40.389 cargos reservados para “provimento, admissão ou contratação”, referentes a todos os Poderes, ao Ministério Público da União (MPU) e ao Conselho Nacional do Ministério Público.

“Com a necessidade de ajuste das contas do Poder Executivo Federal, já havia sido anunciado uma diminuição no planejamento de editais. O pronunciamento do ministro interino não trouxe nenhuma novidade, e devemos destacar que não afetará concursos já autorizados e em andamento”, afirma Karina Jacques, professora do Concurso Virtual.

Rodrigo Lélis, especialista em concursos, também lembra que medidas semelhantes aconteceram no passado, mas que algumas seleções aconteceram. “O candidato que parar ou reduzir os estudos não alcançará as vagas que surgirem após esse período, pois outros candidatos continuarão estudando e estarão à frente nessa trajetória”.

Estaduais e municipais

Os especialistas ressaltam que a suspensão dos concursos vale somente para os concursos do executivo federal, que dependem do orçamento da União, ou seja, empresas públicas e sociedades de economia mista que tenham orçamento próprio, como Caixa Econômica Federal e Correios, ficam de fora da restrição.

Além disso, estados e municípios podem realizar concursos normalmente. “É uma excelente opção, porque não foram afetados pelas medidas de suspensão e ainda costumam ter um grau de dificuldade inferior aos concursos federais”, afirma Lélis.

Qual o foco?

Segundo os especialistas, os candidatos não devem parar a preparação, mantendo o ritmo de estudo na área em que pretendem atuar, já que rotatitividade dos servidores vai continuar e o serviço público precisará preencher essas vagas no futuro.

Lélis lembra que existem algumas disciplinas que merecem uma atenção especial por aparecem em diversos concursos: direito administrativo, direito constitucional, português e informática.
Karina indica que os candidatos tenham um cronograma para estudar para que eles estejam preparados quando um novo edital sair. “O candidato precisa de pelo menos um ano para ficar razoavelmente preparado. Estudar conteúdo, treinar questões de provas anteriores, revisar os assuntos e fazer simulados”, completa.
Para quem ainda tem dúvida sobre qual área ou cargo pretende tentar um concurso, Lélis indica um programa de coaching, que pode auxiliar na preparação e ajudar o candidato a encarar os desafios do estudo.