João Pessoa, 13 de julho de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O Ministério Público do Paraná (MP) informou nesta quarta-feira (13/07) que um laudo complementar aponta que a médica Virgínia Soares de Souza antecipou a morte de pacientes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico, em Curitiba. A investigação do Núcleo de Representação aos Crimes contra a Saúde (Nucrisa) começou após denúncia de familiares de pacientes.
A médica, que chefiava a unidade, mais sete pessoas foram acusadas por homicídio qualificado e formação de quadrilha em 2013. Ela e outras quatro pessoas chegaram a ser presas. O processo aponta que sete pacientes foram mortos por asfixia, com uso do medicamento Pavulon, que paralisava a respiração, e diminuição de oxigênio no respirador artificial.
Laudo complementar encomendado pelo MP aponta que a médica e os outros envolvidos que integravam a equipe dela aplicaram doses excessivas de sedativos e analgésicos em pacientes que morreram na UTI.
O judiciário não informou a data que os acusados serão ouvidos.
ENTENDA O CASO – Virgínia Helena Soares Souza é médica há 30 anos e trabalhava como intensivista no Evangélico, hospital filantrópico que é referência para o atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Curitiba e região. Na época, o hospital emitiu nota afirmando que “desconhecia qualquer ato técnico [da profissional] que tenha ferido a ética médica” e disse “reconhecer sua competência”.
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