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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Luís Tôrres esquenta artilharia

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publicado em 02/08/2016 ás 09h47
atualizado em 02/08/2016 ás 09h58
LUISTORRESFRENTEAFRENTE

Articulação do governo ‘abre fogo’ e dá pistas da munição contra adversários em João Pessoa

Pela primeira etapa de munição usada ontem pelo secretário Luís Tôrres, na entrevista a mim no Frente a Frente, da TV Arapuan, o Governo já definiu o arsenal a ser usado para tentar desconstruir três inimigos principais em João Pessoa; o rompimento do PMDB, a formação do ‘Blocão” e a tendência de reeleição do prefeito Luciano Cartaxo.

Os primeiros tiros foram na direção do PMDB. Para Luís, o partido se apequenou no debate da saída do governo. “Só se falou no tamanho da participação em cargos”, cravou o secretário, acrescentando que José Maranhão tem na gestão uma lista de cargos tão grande,  que demoraria pelo menos até as eleições para exonerar uma por uma, de “A a Z”.

Uma declaração forte, porém desfocada por um pequeno problema. A revelação atropela o discurso de que o governo não faz loteamento político. O governo cobra debate mais republicano, mas passa na cara os empregos que deu ao maranhismo?

De verve cortante, Tôrres questionou a motivação central que une PSD, PMDB e PSDB no mesmo palanque. “É uma união para destruir Ricardo, não para construir nada”, criticou, levantando uma interrogação: “Eles estão se unindo pra quê mesmo? Onde está João Pessoa nesse acordo”? É a cobrança por conceitos e resultados práticos para o cidadão.

A terceira rajada tem alvo certo: Luciano Cartaxo. Na leitura socialista, a tendência de reeleição do prefeito, cada vez mais forte com os últimos ventos, é como casa de palha; não se sustenta aos primeiros sopros de “verdade”. Luís compara o desafio do PSB nessa eleição ao embate de 2014, quando Cássio gozava de amplo favoritismo, mas viu a imagem de gestor desconstruída ao longo da campanha.

O Jardim Girassol, via o seu mais autorizado porta-voz, sinalizou, também, operação para associar Luciano à carga negativa de Eduardo Cunha, com a inserção do deputado Manoel Júnior na chapa. “Não se assustem se Cunha começar a ter influência na gestão”, provocou o secretário.

Na guerra em João Pessoa, Luís Tôrres mirou e deflagrou os primeiros disparos. Com pouco tempo para ferir o rival, o governo não pode errar o alvo e nem acertar em qualquer canto. O tiro é curto e exige precisão. Só tem efeito se pegar em órgão vital. Por enquanto, só raspão.

Cadeira…
Na entrevista, Luís Tôrres, promissor jornalista da nova geração, se revelou mais maduro e à vontade na sua missão institucional.

…Cativa
Consagrado no exercício jornalístico, Tôrres consolidou seu nome na galeria de eficientes secretários da pasta e lugar de proa no time ricardista.

maranhaocasaPrato frio
Mesmo diante da longeva carreira e indiscutível experiência, muitos se surpreenderam com a cartada do senador José Maranhão (PMDB-foto), ao romper com o governo, depois de ouvir propostas de emissários socialistas, de sentar com Ricardo Coutinho, de ventilar apoio à candidatura do PSB e fazer o maior mistério. Esperou a hora certa e deu um bote mortal.

BRASAS
Dia D – O senador Cássio Cunha Lima e o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP) têm conversa decisiva hoje em Brasília. Na pauta, aliança em Campina Grande.

*Segurando – Daniella Ribeiro (PP) ainda nega que o pai, Enivaldo Ribeiro, seja o vice de Romero, como se especula.

*Cabedelo – Fernando Sobrinho (DEM) e o núcleo de sua candidatura foram dormir tarde ontem, articulando…

*Mais – Chico Mendes (PSB), candidato a prefeito de São José de Piranhas, defende a ampliação das conquistas do mandato de Domingos Neto (PMDB).

*Nocaute – Em Mogeiro, são fortes os rumores de desistência de uma candidatura de oposição.

FALA CANDINHA!
Tanto quanto
Segundo Dona Candinha, o prestígio de Maranhão era muito grande no governo Ricardo: “Era pau a pau com Fábio Maia”, completou a velhinha, com sorriso maroto nos lábios.

PONTO DE INTERROGAÇÃO
O que Veneziano e Nabor ganharão do PSB em troca da dissidência do PMDB em João Pessoa?

Galego de SousaPINGO QUENTE
“Eu não acredito em político Copa do Mundo”. Do deputado estadual Galego Souza (PP-foto), ironizando Jarques Lúcio (DEM), candidato a prefeito adversário em São Bento.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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