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Força Nacional faz cerco e bloqueia acessos de favela no Rio de Janeiro

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publicado em 11/08/2016 ás 08h39
atualizado em 11/08/2016 ás 08h41
Moradores da região se aglomeraram para acompanhar o resgate aos militares da Força Nacional atacados a tiros na Vila do João, no Conjunto de Favelas da Maré, Zona Norte do Rio

Menos de 24 horas depois do ataque a tiros que deixou três agentes da Força Nacional feridos na Vila do João, no Complexo da Maré, na Zona Oeste do Rio, o policiamento foi reforçado na região na manhã desta quinta-feira (11). Os acessos à Vila do João e à Vila dos Pinheiros foram bloqueados por carros da Força Nacional, como mostrou o Bom Dia Rio por volta das 6h30.

Imagens do Globocop mostraram agentes fortemente armados fazendo um cerco em um dos acessos. Atiradores de elite do Exército também estavam posicionados na Favela do Timbau, na mesma região.

Na tarde de quarta (10), um carro da Força Nacional entrou por engano na comunidade e foi atacado por criminosos. O soldado Hélio Andrade ficou gravemente ferido e foi levado para o Hospital Municipal Salgado Filho, onde foi operado por três neurocirurgiões.

A cirurgia durou quatro horas e meia. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o estado de saúde do militar permanecia muito grave na manhã desta quinta. Ele está internado no centro de tratamento intensivo do hospital.

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O Portal dos Procurados divulgou as fotos de três homens suspeitos de terem comandado o ataque. A recompensa é de R$ 2 mil. Os três são considerados os principais chefes do tráfico no Complexo da Maré.

No momento do ataque, a equipe estava a caminho do Centro, entrou por engano na Vila do João, uma comunidade dominada por traficantes, e foi alvejada numa localidade conhecida como Boca do Papai.

Segundo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes:
– o capitão capitão Alen Marcos Rodrigues Ferreira, que atua em Cruzeiro do Sul, no Acre, teve ferimentos leves;
– o soldado Rafael Pereira, do Piauí, escapou ileso; e
– o soldado Hélio Andrade, de Roraima, foi ferido gravemente.

Hélio Andrade, 37 anos, está no Rio desde 2015 e foi atingido com um tiro de fuzil na testa e perdeu muita massa encefálica, segundo apurou o G1.

“Nós temos em relação ao soldado Hélio um ferimento grave. Diferentemente do que vem sendo noticiado, e por isso a importãncia, eu resolvi falar antes da nossa reunião no CICC, ele não faleceu. Ele está sendo operado, o neurologista já está há quase duas horas operando, fazendo a transfusão de sangue necessária, e nós acreditamos que ele vai sobreviver a isso”, afirmou o ministro.

Moraes afirmou que, segundo a Força Nacional, os militares erraram o caminho, entrando indevidamente na comunidade. Disse também que dois suspeitos do ataque já foram identificados. “Duas pessoas já foram identificadas e nós vamos atuar para prender essas pessoas rapidamente.”

O soldado Hélio, de Roraima, foi baleado na cabeça e levado ao Hospital Salgado Filho, onde foi submetido a uma cirurgia de emergência. Já o capitão Alen foi atingido de raspão no rosto.

Em áudio, o terceiro militar envolvido no ataque contou que foi socorrido por um taxista. “Um táxi está me dando um apoio, está me levando para o hospital”, contou.

Ainda segundo o militar, homens do Exército foram ao socorro da equipe. “Eu fui atingido, o capitão Alen foi atingido, o motorista foi atingido. Tem um outro combatente também, ele tá atingido, ele ficou fora da viatura. A equipe do Exército está lá perto”, diz ele.

A Força Nacional foi designada pelo Ministério da Justiça e Cidadania para cuidar da segurança de todas as instalações de competições da Olimpíada e Paralimpíada do Rio. Ela é formada por policiais militares, civis, bombeiros e peritos.

Todos os agentes da Força Nacional passaram por vários cursos de capacitação e outros treinamentos. Eles são dos 26 estados e também do Distrito Federal. A formação começou há mais de um ano, em Brasília e a maior parte do contingente é formada por PMs.

G1