João Pessoa, 13 de setembro de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Por essa nem Rodrigo Janot esperava, nem muito menos Dilma Rousseff, os algozes mais interessados no fim trágico do ex-todo poderoso Eduardo Cunha, que sucumbiu, final e humilhantemente ontem, com um amargo resultado de 450 votos contra míseros dez.
Na Paraíba, pouca gente também esperava o placar tão elástico da nossa bancada federal, com direito também a surpresas especiais.
O deputado Manoel Júnior (PMDB), candidato a vice-prefeito de Luciano Cartaxo (PSD) e cujo voto era dado como certo em favor de Cunha, contrariou as projeções e sufragou com a maioria esmagadora da Casa, tal qual a posição majoritária da bancada paraibana.
Wellington Roberto (PR), aliado e coligado com Cida Ramos, candidata do PSB em João Pessoa, legenda que explorou ao máximo a tendência de voto de Manoel em favor de Cunha, integrou o isolado grupo de dez deputados a votar pela salvação do ex-presidente da Câmara.
Manoel tirou um peso das costas de Luciano e Wellington jogou nos ombros de Cida.
Fora de cena
Apesar de estar em Brasília, o deputado Hugo Motta (PMDB) preferiu não aparecer na sessão da Câmara Federal.
Em vão
O governador Ricardo Coutinho ainda tentou demover Wellington Roberto do voto a favor de Eduardo Cunha.
Sabatina
Em meia hora de entrevista à MaisTV, canal de vídeo do Portal MaisPB, o prefeito Luciano Cartaxo (PSD) respondeu a temas indigestos, como nepotismo, lentidão, entre outros, mas não perdeu o equilíbrio. Soube ser didático nas respostas e transformar pontos negativos em oportunidade de divulgar obras e propor novas ações.
BRASAS
*Ficha corrida – Para o advogado José Edísio Souto, Eduardo Cunha foi cassado “pelo conjunto da obra”.
*Atmosfera – Posição parecida com a dos advogados Ricardo Sérvulo e José Samaroni, para quem o ambiente político foi determinante.
*Chancela – Em São Bento, o prefeito e candidato à reeleição Gemilton Souza (PSB) recebeu reforço do depoimento de apoio do governador Ricardo Coutinho.
*Hibernando – Concentrado em Santa Luzia, seu quartel general, o ex-senador Efraim Morais (DEM) está na fase de “falar pouco e ouvir muito”.
*De olho – Sem reeleição na OAB, o advogado Assis Almeida mapeia o terreno da sucessão de Paulo Maia.
FALA CANDINHA!
Carga total
De Dona Candinha: “Acunharam sem pena no Eduardo”.
PONTO DE INTERROGAÇÃO
Brasília agüenta uma delação de Eduardo Cunha?
PINGO QUENTE
“Há uma guilhotina em cima da mesa”. Do advogado Marcelo Nobre (foto), na defesa de Eduardo Cunha.
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