João Pessoa, 20 de setembro de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Incisivo e sem arrodeios. Instado a falar sobre qualquer tema, o presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, Marcos Cavalcanti, não se faz de rogado. Enfrenta um a um, sem constrangimentos peculiares à magistratura.
Comigo, no Frente a Frente, da TV Arapuan, o desembargador encarou todos os temas. Dos jurídicos aos políticos. Dos sociais aos internos.
Disse que a população tem razão quando reclama a morosidade da Justiça, explicada, na visão dele, por falta de estrutura proporcional e complacente legislação.
É um crítico, moderado diga-se de passagem, mas convicto de que o Novo Código de Processo Civil falhou em muitos aspectos. Contemplou muito os advogados, mas pouco avançou em celeridade.
Sem constrangimentos, acossou a tese de eleição direta para Mesa Diretora dos Tribunais de Justiça. Para Cavalcanti, o modelo criaria facções dentro do Judiciário e levaria o Poder a experimentar as mesmas mazelas atuais da política.
“Um candidato nessa circunstâncias tem que fazer muitos compromissos e favores aos juízes. Isso é muito ruim. Eu não ficaria amarrado”, cravou.
Nenhum tema indigesto, para a maioria da magistratura, tradicionalmente prudente demais para qualquer comentário fora de sua alçada, ficou sem resposta.
Como é o caso do fatiamento da votação do impeachment, que cassou Dilma, mas casuisticamente, salvou os direitos políticos da presidente impichada. “Foi um erro ao meu sentir”, opinou.
Tema de polêmicas na mídia e no Judiciário, a Operação Lava Jato entrou na pauta. Marcos Cavalcanti não só manifestou apreço ao trabalho de juízes e procuradores, como defendeu a sua continuidade e avanços produzidos pela investigação.
Uma entrevista reveladora que mostra o Judiciário no desafio de ser desassombrado na missão de sentenciar. Com ou sem toga.
Por…
Na sua mais recente atividade de campanha, o prefeito Luciano Cartaxo guardou uma estocada para o PSB.
…Tabela
Candidato à reeleição, Cartaxo disse que sua gestão rompeu “um modelo ultrapassado”, na Educação.
Botando fé
Presidente da Comissão das Obras de Revitalização do Rio São Francisco, o senador Raimundo Lira (PMDB-foto) está crente que as obras da Transposição terminam e em 2017 a Paraíba receberá as águas. O cronograma de entrega já foi alterado pelo Governo Federal inúmeras vezes.
BRASAS
*Mangas arregaçadas – Wilson Filho (PTB) surpreende a socialistas pelo nível do empenho e engajamento na campanha de Cida (PSB).
*Casadinha – Nas inserções na TV, o vereador Marcos Vinicius (PSDB) investiu na associação a Luciano Cartaxo.
*Assistindo – Cícero Lucena (PSDB) está cumprindo à risca sua promessa de ficar calado e distante da eleição de João Pessoa.
*Sinuca – Relatório da CGU deixa o Governo, que tanto explorou a análise do órgão sobre a obra da Lagoa, numa saia justa.
*Acomodação – Tem muita gente nos escalões do Estado se comportando como em fim de governo.
FALA CANDINHA!
Esperto
De Dona Candinha, atrasadamente comentando a cassação de Eduardo Cunha: “A votação mostrou que Júnior não é Mané”.
PONTO DE INTERROGAÇÃO
Até quando se tratará como normal a greve anual dos bancários?
PINGO QUENTE
“O que ele tem é muita conversa”. Do prefeito e candidato à reeleição, Romero Rodrigues (PSDB-foto), sobre seu adversário e ex-prefeito, Veneziano Vital (PMDB).
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OPINIÃO - 22/11/2024