João Pessoa, 08 de outubro de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A Polícia Civil da Paraíba, por meio da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) de João Pessoa, prendeu, com o apoio da Policia Militar, o motorista de transporte escolar, Ademar Padre de Azevedo, 53 anos, e Clarker Soares dos Santos, 59 anos. Eles são suspeitos de participar de um grupo criminoso responsável por fraudes na negociação de imóveis de programas sociais. As investigações começaram na manhã desta sexta-feira (7), quando algumas vítimas procuraram a Delegacia de Defraudações e Falsificações informando sobre a negociação fraudulenta de imóveis do conjunto Nice Oliveira, localizado no bairro Mangabeira, na zona sul da Capital.
De acordo com as vítimas, elas foram procuradas por pessoas que se apresentaram como funcionários da Prefeitura de João Pessoa. Eles diziam ter poderes para negociar imóveis dos programas sociais do município e cobravam uma “taxa” de R$ 2 mil por pessoa, para que fosse regularizada toda a documentação e futura liberação dos imóveis. As informações levaram a equipe da DDF até os endereços dos três suspeitos. Ademar Padre foi preso em flagrante por policias militares próximo à residência dele e conduzido à DDF. Já Clarker Soares foi preso por policiais civis da Delegacia de Defraudações e Falsificações.
As denúncias apuradas pela DDF mostram que dezenas de pessoas foram enganadas pelos suspeitos e que os valores desviados por eles podem superar R$ 200 mil. “Os suspeitos recebiam os valores diretamente das vítimas, sempre em espécie, e não emitiam qualquer tipo de recibo, objetivando dificultar qualquer tentativa de responsabilização posterior. Indagados pelas vítimas a respeito da demora na entrega dos imóveis, os suspeitos confeccionaram um molho de chaves de cadeado, com a suposta identificação do imóvel correspondente, apenas para dar maior credibilidade ao golpe, uma vez que todas as negociações foram feitas de maneira fraudulenta”, disse o delegado Lucas Sá.
As investigações vão continuar para descobrir se os três investigados contavam com ajuda de outras pessoas para praticar os golpes. Durante os levantamentos também surgiram indícios que os suspeitos têm envolvimento com outras condutas criminosas, como fraudes em licitações públicas e negociação de veículos. Os suspeitos foram autuados em flagrante pelos crimes de estelionato, associação criminosa e tráfico de influência, podendo ser condenados a até 13 anos de reclusão.
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OPINIÃO - 26/11/2024