João Pessoa, 02 de novembro de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Dos 26 prefeitos eleitos nas capitais neste ano, 14 terão maioria na Câmara Municipal no início da legislatura. É o que mostra levantamento feito pelo nas 26 cidades do país. Ao menos sete chefes do Executivo poderão enfrentar problemas para aprovar projetos, já que a oposição será mais numerosa.
Entre os que tem maioria, o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD), aparece no levantamento com 16 vereadores em sua base de sustentação na Câmara Municipal e 11 na oposição.
Em cinco cidades, a configuração da Casa ainda é uma incógnita. Com as indefinições, o prefeito pode tanto conquistar a maioria como ver a oposição somar cadeiras. Muitos prefeitos já agendaram reuniões com parlamentares para tratar da relação entre os dois poderes a partir do ano que vem – e acordos deverão ser costurados.
Para chegar a esse panorama nas capitais, a reportagem considerou os vereadores da coligação vencedora como da base. As equipes de reportagem também entraram em contato com os da coligação derrotada e com aqueles que não apoiaram nenhum dos candidatos no 2º turno. No caso das definições em 1º turno, os partidos e os candidatos derrotados foram procurados.
A maior parte dos que terão uma base sólida na Casa é formada por reeleitos ao cargo. As exceções são João Doria (SP), Crivella (Rio), Greca (Curitiba) e Gean Loureiro (Florianópolis). O prefeito eleito de São Paulo no 1º turno – fato inédito – terá o apoio de 62% dos vereadores, percentual que pode aumentar até o dia da posse.
Por ora, a maior bancada governista está em Recife. Dos 39 eleitos, 31 vão compor a base de apoio de Geraldo Julio (PSB) – o que representa 79% do total.
Já Dr. Hildon (PSDB), eleito em Porto Velho, será o prefeito que deverá enfrentar mais dificuldades no Legislativo. Ele terá o apoio de apenas 4 dos 21 eleitos – 19% do total. Os outros 17 serão oposição ao seu governo.
A cidade com a maior indefinição é Porto Alegre. Metade dos vereadores ainda não decidiu de que lado ficar. Dos 36 eleitos, 11 devem ficar na base e 7 devem fazer oposição ao eleito, Nelson Marchezan Júnior (PSDB). Partidos dos outros 18 ainda não declararam a intenção. Trata-se de uma situação atípica, mas que pode ser justificada, já que é a primeira vez que os tucanos vencem a disputa na capital gaúcha.
Em Belo Horizonte, a situação também está indefinida. Kalil (PHS), por enquanto, tem 14 vereadores em sua base e 16 na oposição. Há 11, no entanto, sem nenhum lado no momento. Durante o segundo turno, o prefeito eleito dispensou apoios.
Além de políticos ainda indefinidos em relação à situação ou oposição pelo país, há os independentes, que dizem que não formarão a base, mas também não farão uma contraposição sistemática.
MaisPB com G1
ENTREVISTA NA HORA H - 27/11/2024