João Pessoa, 03 de novembro de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Em janeiro de 2014, ninguém da imprensa e da política apostava uma pataca na reeleição do governador Ricardo Coutinho. Salvo raras exceções, as lideranças que ficaram com Ricardo se valeram do instituto de sobrevivência e preservação de espaços para seus interesses individuais.
O resto correu para os braços do senador Cássio Cunha Lima embalado pela perspectiva de poder, altíssima na época. O resultado todos sabem.
Agora, a história se repete. O mundo político trata Ricardo como derrotado e com poucas chances de êxito nos seus projetos de sucessão estadual em 2018. Precipitação pura.
Em 2018, Ricardo terá pela primeira vez na sua história a oportunidade de realmente pedir voto para um sucessor direto. Em 2012, com Estela Bezerra, e em 2016, com Cida Ramos, em João Pessoa, a transferência era muito mais complicada, porque atravessada.
Na próxima eleição é diferente. Ricardo estará defendendo a manutenção de seu projeto administrativo, em cada recanto do Estado em que levou alguma ação ou benefício. A sua aprovação média, de Cabedelo a Cachoeira dos Índios, na faixa dos 70% tem lá sua influência.
Oito anos no poder, Coutinho terá o que mostrar e muitas imagens concretas do saldo de seu governo. Não será um pedido abstrato e meramente publicitário. E isso tem peso conceitual numa eleição.
Além do mais, o governador terá a condição especial de poder contar com uma provável candidata à reeleição, a atual vice Lígia Feliciano, em pleno exercício do cargo, vantagem que nenhum outro concorre desfrutará.
Não precisa nem dizer que cada eleição tem sua história própria e particularidade. Portanto, é prematuro e equivocado subestimar Ricardo. Ninguém ganha de véspera. E nem perde.
Ponto..
Durval Ferreira (PP) trata o encontro com Marcos Vinicius (PSDB), nos bastidores da Câmara, como proveitoso e amistoso.
…Contraponto
Já o tucano classifica como casual e despretensioso. “Nossa candidatura e propósito estão mantidos”, disse Marcos à Coluna.
Cássio se coloca à disposição
Em contato com o colunista, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-foto) disse que inexiste dificuldade de colaborar na interlocução do governador Ricardo Coutinho, que pleiteia audiência, com o presidente Michel Temer. “Tudo que for pelo bem da Paraíba contará comigo. Acho importante a audiência do governador com o presidente. Tudo é uma questão de ajuste de agenda. Tenho certeza que o presidente Temer receberá o governador”. Cássio ligou para Aline Sales, a responsável pela agenda do presidente, para averiguar o andamento.
BRASAS
*Por telefone – Sobre o pedido de audiência, o ministro Gedel Vieira Lima falou com Cássio e estranhou a tal “negativa” de audiência.
*Voo – O secretário licenciado Lindolfo Pires (Pros) avalia com uma lupa candidatura a deputado federal, em 2018.
*Martelo batido – Ivonete Ludgério (PSD) deve ser a presidente da Câmara de Campina Grande no primeiro biênio e Marinaldo Cardoso no segundo.
*Consenso – Alexandre do Sindicato, vereador reeleito de Campina Grande, ressaltou o clima de consenso e harmonia na decisão do bloco governista de Campina.
*Aquecimento – O PDT realiza encontro estadual nesta sexta. O evento será liderado pela vice-governadora Lígia Feliciano.
FALA CANDINHA!
Científica
Antes de publicar, mandei o artigo inicial da coluna para Dona Candinha, que prontamente leu e fez uma rebuscada tradução: “Ou seja, não se pode contar com o ovo na coacla”.
PONTO DE INTERROGAÇÃO
É bom para o deputado Gervásio Filho (PSB) a superexposição já agora?
PINGO QUENTE
“Eu prefiro respeitar o eleitor”. Do deputado federal Rômulo Gouveia (PSD-foto), recomendando cautela ao bloco da oposição, que saiu vitorioso de 2016.
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OPINIÃO - 22/11/2024