João Pessoa, 09 de novembro de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Frequentemente, na Paraíba, jornalistas e até políticos costumam esculhambar os institutos de pesquisa. Os primeiros ao avaliar os resultados dos pleitos e potencializar erros. Os últimos com mais ênfase durante os processos eleitorais quando os números não lhes convêm.
E o que dizer das pesquisas no mais importante país do mundo? Praticamente todas erraram em relação a cantada vitória da democrata Hilary Clinton. Deu, como se sabe, por apertada margem, o republicano Donald Trump.
Nada para espantar tanto. O problema está na visão equivocada que se tem do papel das pesquisas. Elas são um instrumento científico com a capacidade de se aproximar dos números que mais tarde as urnas revelam. Ou seja, são projeções que podem ou não ser confirmadas.
Nos Estados Unidos, os institutos monitoraram o sentimento explicitado do eleitor, com clara tendência pró-Clinton, mas não captaram a alma do voto silencioso, manifestado somente na solidão da urna e revelada na aventura chamada Donald.
Por isso, os institutos devem ser banidos? Claro, que não. Eles cumprem função importante de informação ao público, no caso das pesquisas divulgadas pelos meios de comunicação, e papel de bússola, nas estratégias internas das campanhas.
Na Paraíba, temos boas empresas. Das mais experimentadas às novas gerações no mercado. Gente séria, respeitável e comprometida com o que faz, dada a relevância dos efeitos que podem provocar numa eleição. Há, também, como em todo o segmento, os que se desviam. Esses são naturalmente empurrados ao ocaso.
Deve-se compreender de uma vez por todas que o mecanismo da pesquisa, como o próprio nome diz, é uma previsão científica, tal qual a meteorológica, a grosso modo falando, sem necessária obrigação de infalibilidade, portanto, bem diferente da sensação de antecipação do resultado. A prerrogativa final é e será sempre da soberania do eleitor. Nunca dos estatísticos.
Boletim…
O médico Marcos França diagnosticou o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) com labirintopatia, ao invés da suspeita inicial de labirintite.
…Médico
A conclusão, acrescida de acidente vascular, ocorreu ontem após novos exames. Por recomendação, o senador ficará em repouso pelos próximos dois dias.
Garimpando histórias
O Portal MaisPB está exibindo uma série de reportagens, em parceria com o Blog do Magno Martins (Recife-foto), com fenômenos eleitorais e curiosidades das eleições municipais no Nordeste. Magno é um dos mais experientes analistas políticos e repórteres de Pernambuco, acumulando passagens pelos principais veículos do Estado e de Brasília.
BRASAS
*Climão – O ar anda pesado no Tribunal de Justiça da Paraíba após a série de traições na guerra entre os grupos de Fátima Bezerra e de Márcio Murilo.
*Idas e vindas – Marcos Cavalcanti, atual presidente, e José Aurélio, chegaram a negociar com o bloco de Márcio, mas recuaram e voltaram à ala de Fátima.
*Refúgio – Singelo e sem pompas, o Bar do Galo, na Torre, é recôndito de políticos durante a semana. Comida típica regional no cardápio.
*Ausências – Na nova reunião entre os vereadores eleitos da oposição de João Pessoa faltaram Lucas de Brito (PSL) e Tibério Limeira (PSB).
*Pela divisão – Vozes do governo vão intensificar declarações para “intrigar” o prefeito Luciano Cartaxo e o senador Cássio.
FALA CANDINHA!
Chumbo grosso
De Dona Candinha sobre o estilo bélico do novo presidente dos Estados Unidos: “Donald não é nenhum pato”.
PONTO DE INTERROGAÇÃO
Quem será o Trump da Paraíba em 2018?
PINGO QUENTE
“Os leões contra Ricardo viram gatinhos diante de Temer”. Do deputado estadual Anísio Maia (PT) sobre os adversários do governador da Paraíba.
* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB
OPINIÃO - 22/11/2024