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‘Dia de beleza’ resgata autoestima de detentas em Campina Grande

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publicado em 10/11/2016 ás 11h29

Cerca de 45 detentas da Penitenciária Feminina de Campina Grande tiveram na quarta-feira (9) um “dia de beleza”, no qual puderam resgatar cuidados com o corpo por meio de serviços gratuitos. A ação, desenvolvida por um projeto evangelístico, visa aumentar a autoestima das mulheres e deve acontecer ainda outras duas vezes no mesmo presídio.

“Nunca imaginava de estar aqui, fazer um trabalho desses, ajeitar o cabelo, mudar a vida para melhor. Aquela vida que eu vivia no mundo do tráfico, das drogas, eu não quero mais isso para mim”, disse a detenta Elizabeth Silva Santos, de 27 anos, que cumpre pena por homicídio. Ela comentou que desde que chegou na unidade prisional, há pouco mais de um ano, esta foi a primeira vez que fez escova nos cabelos.

De acordo com Suellen Emily, coordenadora do projeto Rhema Beleza, o “dia de beleza” é resultado do envolvimento das detentas nos estudos bíblicos. “Quando a gente chega com a proposta de mudança, de transformação de vida, a gente levanta a autoestima delas com palavras e elas abrem o coração, se deixando ser influenciadas”, comentou.

Durante todo o dia, o salão da penitenciária foi transformado numa estação de beleza. Foram oferecidos serviços de escova, corte, maquiagem, coloração e design de sobrancelhas, realizados por 16 voluntárias. Na ação, as presas também ganharam roupas e kits de beleza.

Quem também participou da ação foi Maria da Conceição Pereira, de 34 anos. Ela fez escova, maquiagem e pintura. “Pintei o cabelo, que faz três anos que entrou tinta. Esse dia para mim está sendo especial, a partir daqui, vai ser uma nova vida. Vou mostrar para minha família quem eu sou. A velha Conceição ficou para trás e esta é agora a nova Conceição”, explicou.

Para a diretora do presídio, Auristela Camelo, o projeto influencia positivamente no comportamento das presidiárias. “A gente percebeu uma autoestima mais elevada, elas estão mais felizes, mais confiantes. A gente vê muitas mulheres tristes aqui porque não recebem visita dos familiares, não se sentem queridas, amadas”, concluiu.

G1