João Pessoa, 14 de novembro de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, estendeu neste domingo pela quinta vez o chamado decreto de “estado de exceção e emergência econômica” por mais 60 dias, uma norma que deve ser enviada ao parlamento para sua aprovação, embora o Legislativo já a tenha rejeitado em suas extensões anteriores.
“Procedo constitucionalmente a prorrogar o estado de exceção e emergência econômica em todo o território nacional para seguir governando a guerra econômica, para seguir governando a crise”, disse Maduro durante seu programa semanal de televisão.
O presidente venezuelano detalhou que esta decisão será publicada no Diário Oficial e que a prorrogação será de 60 dias, com o que o estado de exceção completará um ano de vigência, “para seguir governando e enfrentando a situação econômica e apoiando nosso povo”.
A declaração de emergência econômica permite a Maduro, entre outras atribuições, dispor de recursos sem controle do parlamento, assim como de bens e mercadorias de empresas privadas para garantir o abastecimento, além de restringir o sistema monetário e o acesso à moeda local e estrangeira.
O decreto foi iniciado desde o último dia 14 de janeiro apesar da desaprovação da Assembleia Nacional (AN, parlamento), de maioria opositora.
Desde que se emitiu o decreto e nas quatro extensões anteriores, o Legislativo argumentou que a norma desconhece a Constituição e “a dor das famílias venezuelanas” diante da escassez de alimentos, remédios e outros produtos básicos, além da inflação galopante.
No entanto, a Corte Suprema de Justiça (TSJ) declarou em todas as oportunidades anteriores a constitucionalidade do decreto que, segundo disse, responde à necessidade de proteger os cidadãos e as instituições “de ações que pretendem desestabilizar a economia e a ordem social do país”.
Terra
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