Desvinculado dos grupos tradicionais que se revezam no poder, Ricardo Coutinho tem perfil diferenciado e responsabilidade histórica com a mudança da cultura política paraibana

Dizem que uma imagem vale mais do que mil palavras. Nesse sentido, a possibilidade que se abre no horizonte, a partir da disponibilidade da bancada federal paraibana, de participar ao lado do governador Ricardo Coutinho da audiência com o presidente Michel Temer, tem muito significado, além do icônico.

O gesto, manifestado pelo coordenador Benjamin Maranhão, saiu depois de consultas individuais a todos os parlamentares. Até quem tinha um pé atrás foi convencido dado o relevo e a representação do que significa para a Paraíba, além da política, um encontro dessa envergadura.

A audiência concedida por Temer à Paraíba, através do seu representante maior (Ricardo Coutinho), só ganharia em representatividade, força e unidade política. Até quebraria o presumido gelo entre Michel e Ricardo. Seria um facilitador ao invés de empecilho, como alguns – equivocadamente – tentam estigmatizar para desqualificar a viabilidade.

Aqui neste espaço e em todos que ocupei ou ocupo sempre defendi e torci por uma distensão política capaz de permitir a mínima convivência institucional entre adversários com responsabilidades públicas com o Estado. A eleição de Ricardo – livre do peso da origem dos grupos tradicionais – criou o ambiente histórico para esse caminho.

A sinalização da bancada sopra nessa direção e a Paraíba está diante de uma porta aberta para marcar na sua história, com direito a foto e tudo, uma imagem com todos os seus representantes reunidos no mesmo ângulo: o interesse do Estado. Ricardo está com a chave dessa porta na mão.

Punhos…
Ninguém, nem seus adversários, pode dizer que o governador Ricardo Coutinho não é um político corajoso.

…Cerrados
Dois dias antes do encontro, ele criticou duramente a PEC 241, prioridade de Temer, em seu programa semanal de rádio.

Lira lava as mãos
Ouvido pela coluna, o senador Raimundo Lira (PMDB-foto) não quis se imiscuir profundamente no tema. Ele se resumiu a dizer o óbvio: “A audiência é entre o governador Ricardo Coutinho e o presidente Michel Temer, portanto, somente ao governador compete convidar acompanhantes”.

BRASAS
*Prioridade – Nova secretária das Finanças, Amanda Rodrigues disse que passará os próximos dias tomando “pé da situação” da Secretaria.

*Tarefas – Waldson Souza, recém-empossado no Planejamento, está tendo uma segunda-feira lotada de reuniões na nova pasta.

*Quarentena – Léo Micena (PMB), terceiro colocado em Bayeux, vai falar pouco e observar muito nos primeiros meses do governo de Berg Lima (PTN).

*Planos – Antes de deixar o Governo, o radialista Célio Alves (PSB) se articulava para disputar uma das vagas da Assembleia.

*Programa – No Frente a Frente, da TV Arapuan, às 21h30, entrevisto hoje o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE).

*Off – Luciano Cartaxo (PSD), que não teve descanso desde o fim da reeleição, aproveitou o feriadão para viajar e descansar.

FALA CANDINHA!
Astros
Dona Candinha ligou para Coluna só pra dizer que o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), recém-casado com Jacilene Azevedo e de malas prontas hoje para viagem, está de conluio com São Pedro. Indagada sobre o por quê, ela tascou: “Vai começar a lua-de-mel na Super Lua”.

PONTO DE INTERROGAÇÃO
Na dança das cadeiras, quem fica e quem sai na reforma do Governo do Estado?

PINGO QUENTE
“Estou sofrendo com o fuso horário e a comida”. Do deputado licenciado Ricardo Barbosa (PSB), em tom de brincadeira sobre a missão que cumpre na China, representando a Unale.

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