João Pessoa, 20 de novembro de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O enviado especial da ONU para a Síria afirmou neste domingo (20) que o “tempo está acabando” para o leste de Aleppo e expressou a “indignação internacional” com os bombardeios do regime sírio contra as zonas da cidade controladas pelos rebeldes.
Após reuniões em Damasco, Staffan de Mistura confirmou que o regime de Bashar al-Assad rejeitou uma proposta para que os rebeldes administrassem de forma autônoma a área de Aleppo que controlam.
O ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Mualem, confirmou, após reunião com o representante da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, que o regime descartou a proposta.
“Afirmamos que rejeitamos completamente”, destacou Mualem, antes de questionar “como é possível que a ONU pretenda recompensar terroristas”, termo utilizado por Damasco para designar rebeldes e jihadistas.
Em uma entrevista no início da semana ao jornal britânico The Guardian, Mistura sugeriu que o governo sírio reconhecesse a administração estabelecida de fato pelos rebeldes nos bairros do leste de Aleppo, não controlados pelo regime desde 2012.
Em contrapartida, centenas de jihadistas do grupo Fateh al-Sham (ex-braço sírio da Al-Qaeda) deveriam deixar a zona onde vivem mais de 250 mil civis, sitiados há quatro meses, e submetidos a intensos bombardeios por parte do regime.
Ataques
Os ataques rebeldes mataram oito crianças em uma escola do setor mantido pelo governo e uma bomba matou uma família de seis pessoas, em Aleppo, neste domingo (20). Os ataques acontecem quase uma semana depois de um dos bombardeios mais pesados do governo na guerra civil síria, segundo a Reuters.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos, ONG que acompanha a guerra na Síria, afirmou que outras 20 pessoas ficaram feridas depois que a escola onde elas estavam, em Al Forqan, ser atingida por projeteis. Entre os feridos estão uma professora e 19 crianças.
A imprensa estatal informou que sete crianças morreram e 30 pessoas ficaram feridas os bairros governamentais em Aleppo.
G1
OPINIÃO - 22/11/2024