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Bancada luta por início das obras do terceiro eixo da transposição em 2017

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publicado em 09/12/2016 ás 14h35

A bancada federal paraibana está trabalhando para garantir o início das obras do terceiro eixo de entrada de água da transposição do rio São Francisco pelo Vale do Piancó ainda em 2017. O coordenador da bancada, Benjamin Maranhão (SD), disse que alternativas foram apresentadas ao presidente Michel Temer, durante audiência em Brasília realizada na última quinta-feira (8), para que a execução da obra não fique apenas para 2018. “Temos emenda garantindo recursos para a obra e, além disso, sugerimos a utilização de um Regime Diferenciado de Contratações Públicas, onde será realizado do projeto a execução da obra”, comentou.

De acordo com Benjamin, desde o início do governo Temer já foram investidos R$ 83 milhões com carros-pipa na Paraíba, uma média de R$ 14 milhões por mês. “Mostramos ao presidente que não é assim que a situação será resolvida e pedimos que o Governo Federal priorize o terceiro eixo para socorrer os paraibanos do Vale do Piancó. Daqui a pouco não teremos de onde tirar água com carros-pipa, pois os reservatórios estão praticamente secos”, alertou.

Benjamin Maranhão revelou que já existem verbas de emenda de bancada que podem ser utilizadas na viabilidade da obra. “Nós queremos que esse dinheiro seja utilizado e sugerimos ao presidente que ao invés de fazer licitações por etapa para contratar elaboração do projeto e execução, que seja feita um Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) para agilizar o processo”, revelou.

De acordo com o coordenador da bancada, as obras do terceiro eixo foram dadas como certa pela ex-presidente Dilma Roussef (PT) que esteve na Paraíba anunciando o projeto, mas que, infelizmente, não fez nada para tirá-lo do discurso.

Em Conceição, o açude Serra Vermelha, que abastece a cidade, está com pouco mais de 1,1% da sua capacidade, dificultando a chegada de água em algumas localidades. Já em Itaporanga a situação é pior. O açude de Cachoeira dos Alves secou. No açude de Coremas, que abastece mais de 50 municípios na Paraíba e no Rio Grande do Norte, a situação também é grave, pois o manancial está com apenas 2,6% da sua capacidade total. O Mãe D’água está com apenas 6,6% da capacidade total.

“Por conta dessas dificuldades a bancada federal está lutando para que o terceiro eixo saia do papel e de forma rápida. Temos e apresentamos as alternativas ao presidente Michel Temer e esperamos que exista uma sensibilidade do Governo para a execução da obra fundamental para o povo da Paraíba”, disse Benjamin.

A Obra – O terceiro braço da transposição das águas pelo rio Piancó e Coremas Mãe D’Água está orçado em quase R$ 200 milhões e prevê a construção de um conjunto de adutoras que vai garantir a chegada da água para 18 municípios que possuem problemas em seu abastecimento. A água beneficiará o Vale do Piancó, o sistema Coremas – Mãe D’Água que abastece a região de Patos, o Vale do Sabugi e chegará às Várzeas de Sousa pelo Canal da Redenção.

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