João Pessoa, 21 de dezembro de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Seremos mais felizes quando um viaduto – coisa comum nas vizinhas Natal e Recife – na porta de entrada da maior cidade do Estado, não for mais nosso grande sonho de consumo.
Teremos mais autoestima quando a solução de trânsito num trecho urbano de uma BR, que virou corredor de João Pessoa na ausência de vias marginais, deixe de ser a grande intervenção de mobilidade urbana de nossa Capital.
Aumentaremos mais nosso raio de visão quando não for mais preciso haver confronto entre autoridades por causa de uma obra pública, projetada e realizada com dinheiro do contribuinte.
Ampliaremos nossas perspectivas quando estivermos debatendo, civilizada e republicanamente, grandes projetos de desenvolvimento para o Estado, como uma Via Litorânea para interligar todos os municípios com potencial turístico, ou quando levarmos a sério a viabilidade de um porto com envergadura e condição de alavancar nossa economia.
Enquanto esse tempo não chega, festejemos, como conquista importante para os nossos padrões, a chegada do Viaduto Eduardo Campos, uma realização relevante do Governo do Estado, sob o comando do governador Ricardo Coutinho.
A intervenção alivia consideravelmente um grave problema de trânsito da cidade, acumulado ao longo dos anos pela passividade, leniência, ausência ou providência de sucessivas gestões e gestores.
Uma ineficiência somada ao permanente confronto político, que extrapola as divergências partidárias, se espraia para a gestão pública e penaliza o cidadão, invariavelmente condenado aos danos e lentidão na solução dos problemas do cotidiano.
Que o Viaduto do Geisel – como ficou mais conhecido – sirva também para melhorar o trânsito entre nossos líderes e faça fluir atitudes de convergência. Para que nossa estrada seja menos estreita e nossos caminhos mais largos.
Dever de “casa”
O prefeito Luciano Cartaxo (PSD-foto) entregou hoje 192 apartamentos no Residencial Vista Alegre, de um total de oito mil unidades, entre construídas e contratadas, mas promete continuar investindo em habitação até o fim de sua nova gestão. Cartaxo sabe que a política habitacional tem apelo social e lhe dá portfólio para projetos futuros.
Parecer de Diego
Secretário polivalente na gestão municipal, Diego Tavares (SD-foto) é ponderado ao falar de 2018. Acha um debate precipitado, mas não deixa de admitir: “O nome de Luciano cai como uma luva”. Tavares também não enxerga qualquer dificuldade de o deputado federal Manoel Júnior (PMDB) assumir a vice em João Pessoa. “É natural”, sentencia.
BRASAS
*Cantilena – Os vereadores pessoenses caminham para 90 dias numa só e infrutífera pauta: Mesa da Câmara. Voltaremos ao tema.
*Lavando as mãos – Pelo tom de Cartaxo, ontem, no 60 Minutos – Rede Arapuan de Rádios -, ele já fez sua parte na tentativa de consenso na base.
*Xodó – Atende pelo nome de Nando Cordel um dos cantores e compositores preferidos do senador Cássio Cunha Lima (PSDB).
*Passaporte – Com a adesão de Pimentel Filho (PSD), Ivonete Ludgério (PSD) selou a sua eleição como presidente do primeiro biênio da Câmara de Campina Grande.
*Quórum – Repórteres perceberam a escassez de público para o início da fala de Ricardo, às 19h, na inauguração do Viaduto. Só juntou o suficiente lá para as 19h.
FALA CANDINHA!
Data vênia
De Dona Candinha sobre a nova eleição no TJ da Paraíba: “Nem a Justiça escapa da judicialização”.
PONTO DE INTERROGAÇÃO
Depois de Gervásio e Lira, quem será o próximo candidato de 2018 a ser ‘testado’ por setores do Governo?
PINGO QUENTE
“Ricardo fala como se não tivesse sucedido a ele mesmo”. Do deputado Bruno Cunha Lima (PSDB-foto), analisando o discurso de crise feito pelo governador Ricardo Coutinho.
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