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Pilotos da PB acreditam em falha humana em acidente com Teori

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publicado em 20/01/2017 ás 15h20
atualizado em 20/01/2017 ás 19h51

Experientes pilotos paraibanos ouvidos pela reportagem do Portal MaisPB, no fim da manhã desta sexta-feira (20), acreditam em falha humana, provocada pelas péssimas condições climáticas e de visibilidade, como a provável causa do acidente que matou ontem (19) o ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, e mais quatro passageiros, em Paraty (RJ).

Hemerson Viegas, piloto há dezoito anos, entende que todas as pistas apuradas até aqui “indicam para uma má operação, acrescida de condições mínimas de visibilidade”. O piloto da aeronave tentou pousar, mas não conseguiu.

“Houve uma segunda tentativa de pouso, ele prolongou mais a perna do vento [termo técnico] para forçar a visibilidade”, explicou Viegas, completando: “De tanto ele forçar a camada, quando ele girou, ele baixou muito. Numa curva de grande inclinação você perde sustentação, baixa a velocidade e sobre água você perde referência. Nesse giro, ele tocou com a asa e chocou no mar”.

Piloto de avião idêntico compartilha da hipótese

Outro piloto paraibano, com treze anos de experiência e que pediu para não se identificar por recomendação da empresa na qual é contratado, acha precipitada qualquer conclusão, mas também é da tese da falha humana.

Piloto na Paraíba de um King Hair C-90 GT, mesmo avião do acidente em Paraty, ele advertiu para a região montanhosa. “Os aeroportos de lá não têm base de apoio, somos balizados por instrumentos que ajudam no pouso. É um fator meio complicado; região montanhosa com chuva e atrelada a isso a alguma possível falha no motor”.

O piloto consultado admitiu a hipótese de Cefit, termo aeronátucio usado para desorientação espacial, ou seja, em momentos em que o piloto por adversidade de clima perde a noção de espaço.

“Quando está com condições meteorológicas adversas, você entra no chão de forma controlada – acha que está tudo bem e está bem pertinho do chão, se desconcentra dos instrumentos, olha para fora e não está enxergando nada, começa a perder a noção”, exemplificou.

O que levou a isso? Ninguém sabe, responde o piloto, admitindo outra probabilidade: “Na arremetida, ele pode ter se sentido mal”.

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