João Pessoa, 31 de janeiro de 2017 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Mesmo em ambiente político pouco favorável, o governador Ricardo Coutinho saiu de alma lavada da solenidade ontem, em Campina Grande, com o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho.
Na presença de Ricardo e de seus adversários, entre eles os senadores José Maranhão e Cássio Cunha Lima, o ministro projetou a chegada das águas da Transposição à Paraíba na primeira semana de março próximo.
Para o Governo, o cronograma afoga o discurso recorrente da oposição, que vinha inundando a imprensa com acusações de ausência do Estado na realização das obras complementares da Transposição, de responsabilidade da Paraíba.
Fala em construção de canais, adutoras e sistemas de esgotamento sanitário, com destaque para o Canal Acauã-Araçagi, cuja primeira etapa está em fase final, a limpeza do leito do Rio Paraíba, no trecho entre a Barragem de São José e Poções, e até a chegada das águas no Estado, o trecho entre Poções e o açude de Boqueirão, que abastece Campina Grande, deverá estar pronto.
A lógica de Ricardo faz sentido. Ora, se as obras não foram feitas ou não andassem em ritmo aceitável, conforme recomendado pelo Governo Federal e fiscalizado pelo Ministério Público, como o projeto seria concluído e entregue à população?
A garantia da entrega da obra na Paraíba empurra a crítica da oposição por água abaixo.
Uma coisa é uma coisa…
Não é assim que pensa o senador Cássio Cunha Lima (PSDB). “Uma coisa não tem nada haver com a outra”, disse o tucano em contato com a Coluna. Ele sustenta que o Estado foi omisso e deixou de fazer sua parte (esgotamento sanitário e revitalização de rios) no projeto de Transposição. “Tem que cuidar de toda a calha do Rio Paraíba, incluindo aí a rede coletora de esgoto e obstruções físicas. Mas, obviamente, estou torcendo para que tudo dê certo. Nesse tema não cabem disputas, nem desunião. Todos devem ajudar e contribuir para que tudo dê certo”, complementou Cunha Lima.
Passado e presente
Evaldo Costa, jornalista paraibano natural de Parari e ex-secretário de Comunicação de Pernambuco, deu ontem, uma aula de história ao discorrer sobre as convivências próximas com os ex-governadores Miguel Arraes e Eduardo Campos. O ponto alto da entrevista, ao Frente a Frente, da TV Arapuan, foi a manifestação de sua crença de que o presidenciável do PSB fora alvo de um atentado político. Gravada em novembro passado, a entrevista, na verdade, foi uma homenagem e justiça a um paraibano que venceu as limitações impostas pela sua terra de nascimento pela força do trabalho, talento e mérito.
BRASAS
*Sem perdão – Em Campina, o senador José Maranhão (PMDB) foi o único a, no discurso oficial, criticar Dilma, a quem responsabiliza por não priorizar a Transposição.
*Palmômetro – No auditório da Fiep, na solenidade, claques políticas disputaram aplausos a Ricardo, Cássio e Romero.
*Novo comando – A caravana de deputados governista chegou à Fiep liderada pelo deputado Gervásio Filho (PSB), prestes a assumir a Presidência da Assembleia.
*Solidão – Quem esteve na Fiep ontem atesta: o deputado Adriano Galdino (PSB), nas vésperas de deixar o comando da Assembleia, sentiu na pele o ocaso do poder.
*No reservado – Antes da solenidade, Barbalho, Cássio, Maranhão, Ricardo e bancada federal ficaram a sós na sala do presidente da Fiep, Buega Gadelha.
*Bronca – Durante inspeção do prefeito Luciano Cartaxo ontem à Upa de Cruz das Armas, secretário Adalberto Fulgêncio reclamou da ausência da Direção do órgão.
FALA CANDINHA!
Torpedo
Ao assistir o reencontro gelado entre Cássio e Ricardo, ontem, Dona Candinha amanheceu o dia hoje ligando sua vitrola e cantarolando o refrão de “Grito de Alerta”, imortal canção/drama de Gonzaguinha: “Há um lado carente dizendo que sim, e essa vida da gente gritando que não”.
PONTO DE INTERROGAÇÃO
Assim como fez no Caso do agente de trânsito Diogo Nascimento, o governador Ricardo Coutinho vai visitar a família do agente da Polícia Civil, Klaus Cruz, morto dentro da Delegacia de Patos, por um preso algemado e que atirou com a arma do delegado?
PINGO QUENTE
“Isso mostra que o Governo quer aumentar os eleitores dele”. Da deputada estadual Camila Toscano (PSDB-foto), que vê direcionamento no edital de seleção de agentes socioeducativos.
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