João Pessoa, 05 de fevereiro de 2017 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Escolas sem telhados, quadro arrancados da parede, banheiros deteriorados, cozinhas sem estruturas. Esse foi o cenário descrito por alguns secretários de Educação à reportagem do Portal MaisPB.
Enquanto a maioria dos alunos retorna às aulas nesta segunda-feira (06), em muitas unidades de ensino o ano letivo só começará em março devido a falta de estrutura física nas escolas, como é o caso do município de Curral de Cima, no Litoral Norte Paraibano.
O município possui 1.100 alunos matriculados nas 14 escolas da rede pública de ensino. No entanto, infelizmente a situação de Curral de Cima não é um caso isolado. Em Pombal, no Sertão paraibano, a estrutura das escolas também está ruim, com prédios destruídos, fios expostos e ausência de ventilação nas salas de aula. No Conde, a prefeitura adiou o início das aulas nas escolas e creches municipais para o dia 20 de fevereiro, para que medidas estruturais fossem tomadas.
De acordo com a secretária de Educação do município de Curral de Cima, Ana Farias, as aulas só terão início em março, mas o calendário do ano letivo não será prejudicado.
“Assumimos o mandato no início de janeiro e de imediato realizamos uma análise nas escolas e concluímos que não havia nenhuma condição de se iniciar as aulas em fevereiro, pois estaríamos colocando a vida das crianças em risco. As escolas estavam sem forro, banheiros sem sanitário, falta de água, salas com quadros arrancados, invasão de insetos, morcegos, pardais, cozinhas deterioradas, pisos arrancados. E temos apena um ônibus escolar funcionando, precisaríamos de cinco”, revelou ao Portal MaisPB.
Após o levantamento, a Prefeitura de Curral de Cima iniciou as obras de reparo nas 14 escolas da rede municipal de ensino e as aulas deverão começar em 06 de março. “A situação era emergencial. Uma escola está pior que a outra. No entanto, os alunos não serão prejudicados com o ano letivo, teremos os 200 dias. Porém, não vai ter o recesso escolar este ano”, explicou a secretária Ana Farias. “Para que se mude o cenário social e cultural da população é necessário que os alunos tenham um ensino de qualidade. Desde os primórdios a educação é fundamental no processo de formação do ser humano”, completou Farias.
No Conde, a secretária de Educação, a professora Aparecida Uchôa, explicou que o adiamento se fez necessário para que algumas medidas estruturais fossem tomadas. “Percebemos nas visitas que algumas escolas e creches não ofereciam condições para receber os alunos, então nas próximas semanas, vamos fazer pintura, resolver questões de canos estourados, iluminação e eletrificação, para que nos próximos 15 dias possamos deixar as escolas de uma forma minimamente adequada para funcionamento”, explicou.
A secretária de Educação do município de Pombal, Aurineide da Silva, explicou ao Portal MaisPB que as escolas localizadas na zona urbana são as que mais sofrem com problemas estruturais. Segundo ela, a prefeitura está recuperando os prédios para que as aulas possam ser iniciadas. A previsão é que o ano letivo seja iniciado apenas no dia 20 deste mês.
No entanto, o problema também ocorre na zona rural. Ao decretar estado de emergência financeira, o prefeito Verissinho destacou que várias escolas e creches estavam em péssimo estado de conservação, com cadeiras, portas
e birôs danificados.
Segundo ele, na zona rural as escolas estão sendo foco de morcegos e barbeiros, podendo transmitir doenças, ameaçando novamente a integridade dos alunos do município. Ele ainda ainda frisou que as escolas presentam
problemas estruturais com pisos, cadeiras, portas e janelas danificadas, carentes de reparos urgentes e da realização de dedetização e controle de pragas.
Nayanne Nóbrega – MaisPB
OPINIÃO - 22/11/2024