João Pessoa, 04 de fevereiro de 2017 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Em abril de 2013, José Roberto Guzzo, renomado jornalista brasileiro e colunista de Veja, já alertava para os perigos de um totalitarismo político ou ideológico que começava a ganhar força nas discussões no Brasil, sobretudo, nas redes sociais.
Em seu artigo intitulado “Um mundo Escuro”, J.R. Guzzo chamava atenção para o fato de “a defesa de tais bandeiras” estar se tornando cada vez mais fanática.
“Nega-se às pessoas o direito de discordar de qualquer delas e, principalmente, de criticar seja lá o que proponham”. Acentuava: “Não é permitida nem a simples neutralidade, pois quem é neutro é considerado cúmplice do mal”.
A morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia, confirmada oficialmente ontem à noite, é um exemplo nítido desse comportamento talibã cada vez mais presente nos debates e discussões.
O AVC de Marisa – situado na conturbada atmosfera política atual – virou mote para enfrentamento. Partidários da causa de Lula passaram logo a atribuir a complicação de saúde ao juiz Sérgio Moro, a quem cabe a investigação de acusações contra o casal.
Ortodoxos anti-Lula ultrapassaram todos os limites humanos e não se constrangeram em “comemorar” – acreditem – o drama humano que desligou a mulher do ex-presidente da vida, como se o infortúnio alçasse ao patamar de “punição” ou “justiçamento”.
De lado a lado, posturas assombrosas, radicais e extremadas. Falas, postagens e manifestação que não explicam outra coisa a não ser o estado de adoecimento de setores da sociedade brasileira.
Quase quatro anos depois, o alerta de Guzzo faz todo o sentido. “Por essa trilha, estamos caminhando para um mundo de escuridão”. E no caso em torno da morte de Marisa, especificamente, por trás da invocada ideologia está, na verdade, uma patologia.
Devolvendo a bola
“Nós estamos aqui para cumprir a Lei”. Esse foi o tom do novo presidente do Tribunal de Contas do Estado, André Carlo Torres (foto), empossado ontem, ao ser questionado sobre declaração do governador Ricardo Coutinho de que espera do TCE uma sugestão para a solução dos chamados codificados, a quem o Tribunal recomenda extinção.
Distância
Coordenador da bancada federal paraibana, o deputado Benjamin Maranhão (SD-foto) lamentou, ontem, em entrevista à MaisTV (canal de vídeo do Portal MaisPB), a ausência de interação do governador Ricardo Coutinho. “Com essa postura, ele diminui até os aliados dele da bancada”.
BRASAS
*Herança – A nova mesa da Assembleia herdará débitos da ordem de R$ 400 mil a veículos de comunicação da mídia digital (blogs, sites e portais) do Estado.
*Em aberto – O mercado ainda não sabe concretamente quando, e se, o novo comando da Casa irá quitar o passivo.
*Anti-pedagógico – Por mais que o Governo do Estado se esforce, fica difícil conciliar o discurso de avanço na Educação com fechamento de escolas.
*Projeto 2018 – Lucélio Cartaxo, presidente do PSD de João Pessoa, se prepara para ser candidato a deputado. Estadual ou federal.
*Plano A e B – O Romero Rodrigues (PSDB) não tem ansiedade por participar de 2018, mas trabalho para estar ‘apto’, caso seja requisitado.
FALA CANDINHA!
Terço nas mãos
Para Dona Candinha, Sérgio Moro agora tem que rezar dia e noite para ninguém mais do PT levar uma topada.
– Vai ser culpa dele!
PONTO DE INTERROGAÇÃO
E agora de quem é a culpa de o Shopping Intermares, do Grupo Marquise, não sair do canto?
PINGO QUENTE
“Luciano Cartaxo é um político diferente”. Do secretário de Comunicação, Josival Pereira (foto), que vêm no prefeito de João Pessoa características da ‘nova política’ aspirada pela sociedade.
* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB
ELEIÇÕES 2026 - 01/11/2024