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O senador paraibano Raimundo Lira (PMDB) perdeu a disputa com o grupo liderado por Renan Calheiros e José Sarney e ficou sem o comando da Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Antes mesmo da decisão, Lira retirou a candidatura, segundo informou a sua assessoria de comunicação. Lira brigava pela principal comissão da Casa, mas o escolhido para o o cargo foi Edison Lobão (PMDB-MA).
Lira argumentou que desistiu da candidatura em virtude de interferências externas.
“Há interferências externas nesse processo. Por isso, não vou participar da votação na bancada. Respeito muito o senador Lobão, mas não aceito essa interferência”, disse Raimundo Lira à imprensa ao chegar para a reunião da bancada do PMDB.
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Após uma disputa interna no partido, o grupo dos ex-presidentes do Senado José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL) conseguiram colocar o aliado no comando da comissão. Ele já era o favorito para assumir o cargo, mas concorria com Raimundo Lira, que presidiu a comissão especial do impeachment no ano passado.
Citado na Lava Jato, caberá a Lobão conduzir o processo de sabatina de Alexandre de Moraes, indicado na segunda (6) pelo presidente Michel Temer para ocupar a vaga do STF (Supremo Tribunal Federal) deixada por Teori Zavascki, morto em acidente de avião no mês passado.
Apesar das menções a seu nome, contudo, em novembro do ano passado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo o arquivamento de um inquérito contra o senador peemedebista. Ele era acusado de ter pedido R$ 2 milhões para a campanha de Roseana Sarney de 2010 quando foi ministro de Minas e Energia ao então diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa.
A escolha de Lobão era o que faltava para que a CCJ fosse instalada, o que deve ocorrer ainda nesta quarta. Segundo afirmou nesta manhã o líder do PMDB, Renan Calheiros, o nome de quem comandará a comissão deve ser oficialmente anunciado à tarde. Em seguida, serão encaminhadas as indicações do partido para a Mesa Diretora.
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), pediu pressa aos líderes partidários nas indicações para a CCJ. Quer que a sabatina de Moraes aconteça até 22 de fevereiro. Com o calendário apertado devido ao Carnaval, contudo, o mais provável é que a sabatina fique para o início de março.
Nesta manhã, Moraes deu início a visitas protocolares para apresentar seu currículo aos senadores. Após se encontrar com Eunício e Renan, reuniu-se com a bancada do PSDB.
MaisPB com Folha
OPINIÃO - 22/11/2024