João Pessoa, 10 de fevereiro de 2017 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Há muito tempo tenho sido questionado (e cobrado) sobre meu ingresso na vida política – uma curiosidade que foi potencializada com minha passagem pelo Senado Federal.
Alguns julgam que cheguei tardiamente.
Outros, que ainda não estou onde deveria estar.
O universo político – de fato – vem me rondando já há alguns anos. E abriu porta generosa em 2000.
Mas, naquele momento, tratei de fechá-la. Ou pelo menos escorá-la.
E não me arrependo de tê-lo feito.
Se tivesse entrado na política naquele período, certamente não teria empreendido os projetos que empreendi.
Pois sou, por natureza, uma pessoa que se dedica – de corpo, alma e coração – a tudo o que faço. Dividido, talvez tivesse agora colhendo frustrações e fracassos.
E definitivamente não teria conduzido nossas empresas para lugar de destaque no cenário nordestino, referência no segmento atacadista do País, gerando mais de quatro mil empregos direitos.
A jornada que trilhei – ora com renúncias; ora com avanços – me trouxe mais do que o sucesso: cristalizou, em mim, a fé de que só o Criador sabe o que (e quando) é bom para suas criaturas.
Portanto, como cristão cheio de fé, entendo que aquele não era o tempo certo.
Entendo, também, que não existe cedo ou tarde para absolutamente nada. O que existe é o perfeito tempo de Deus.
E desde que me entendo por gente – mesmo quando meu universo se resumia a um Sertão movido à luz do lampião – aprendi a esperar Nele. Sempre.
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