Aliança PMDB, PSD e PSDB parte na frente na corrida pelo Palácio da Redenção em 2018
É cedo, muito cedo, e, a um ano e dez meses de distância, qualquer análise mais profunda do cenário de 2018 é prematura. O que se pode fazer é pensar sobre a fotografia do momento.
Foi o que fizemos ontem, aqui na Coluna, em relação às opções postas no Jardim Girassol, capitaneado pelo governador Ricardo Coutinho, grupo que enfrentará um duro desafio caso a aliança PMDB, PSDB e PSD seja perene.
É que esse bloco parte com uma grande vantagem no xadrez, a julgar pelos números recentes da pesquisa 6 Sigma para 2018, onde Cássio Cunha Lima, Luciano Cartaxo, José Maranhão e Romero Rodrigues, os líderes oposicionistas, somam um percentual esmagador.
Chama atenção o desempenho do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, colado ao senador Cássio Cunha Lima, ex-governador duas vezes, dotado de forte tradição política e capilaridade eleitoral e vivendo o auge de sua ascensão nacional.
Outro fator a merecer apontamento: na pergunta espontânea para o Governo, Luciano já aparece como o mais lembrado, ficando atrás apenas do governador Ricardo Coutinho, que está no comando do Governo há seis anos e, obviamente, não disputará mais o Palácio.
Há algumas razões superficiais para explicar essa tendência. Governando a Capital por dois mandatos, Luciano venceu duas vezes o forte agrupamento de Ricardo em pleno terreiro do PSB. Isso lhe reveste de envergadura e lhe empresta respeito no âmbito do jogo político.
Na gestão municipal, Cartaxo administra com avaliação acima da média, aprovação que lhe rendeu vitória na reeleição já no primeiro turno. Ele inspira em boa parcela do eleitorado, inclusive no eleitor de Ricardo, a perspectiva o avanço de um ciclo de mudanças na política e na gestão.
Mesmo com muita estrada ainda para vislumbrar no horizonte, os números e o cenário indicam que Luciano está no lugar certo e na hora certa. Convocado naturalmente e por gravidade à sucessão estadual.
Sinal de alerta Se Oposição tem o desafio de administrar essa folga sem se perder pelo jogo de vaidades ou projetos personalizados, o Governo tem muito com o que se ocupar diante da constatação de que a soma dos seus três nomes não atinge dois dígitos. Talvez seja o indicativo cabal de que Ricardo tem boa aprovação, mas não dispõe do mesmo potencial para transferência de voto. Estela, João Azevedo e Cida Ramos estão aí para provar…
Pra quê separar? A reunião entre a bancada federal, o governador Ricardo Coutinho e o ministro da Saúde, ontem, em Brasília, é a demonstração nítida de que civilidade e espírito público não faz mal a ninguém. Pelo contrário, dá frutos. Um pleito da Paraíba ganha outro relevo quando pactuado pela pluralidade de sua representação e mais chances de ser atendido.
BRASAS
*Susto – Na passagem hoje em João Pessoa, Jair Bolsonaro (PSC) ficou preso por cinco minutos… Calma! No elevador da TV Manaíra.
*Acerto – Presidente da Assembleia, Gervásio Maia (PSB) marcou ponto ao anunciar o republicano resgate do Parlatório do povo.
*Espaço – O deputado licenciado Buba Germano (PSB) está satisfeito na Secretaria de Articulação dos Municípios.
*Demandas – A Famup reúne a bancada federal paraibana no próximo dia 20 para um café da manhã e seminário.
*Visitas – Wilson Santiago, presidente do PTB e diretor nacional do Banco do Brasil, está em João Pessoa para contatos políticos.
*Águia – Chefe de Gabinete do Governo, Nonato Bandeira (PPS), acompanha a cena política com especial atenção.
FALA CANDINHA!
Doença
De Dona Candinha sobre a reunião da bancada e do governador ontem para implantar o Hospital de Oncologia de Patos.
– O maior câncer da Paraíba é a briga política!
PINGO QUENTE
Quem será o candidato a deputado estadual da família Gadelha: Renato ou André?
PINGO QUENTE “O caso é exatamente o mesmo”. Do ex-ministro José Eduardo Cardozo (foto) comparando a frustrada nomeação de Lula com a tentativa de Temer nomear Moreira Franco.
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