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A deterioração das medalhas olímpicas afetou em peso a delegação dos Estados Unidos. Mais de 80 atletas americanos enviaram de volta as medalhas conquistadas na Olimpíada do Rio de Janeiro. Eles encaminharam as medalhas ao Comitê Olímpico dos EUA para serem enviadas aos organizadores do evento. As informações são da agência Associated Press.
Ouro na luta livre, Kyle Snyder foi um dos atletas que pediu a troca após notar um arranhão no verso da medalha. Segundo ele, os atletas tem até o fim do mês para realizar a devolução, mas não sabem quando a substituta chegará.
– Não era muito grave, mas é bacana que eles estejam me dando uma medalha nova – afirmou Snyder, de 20 anos, à Associated Press.
A jogadora do vôlei de praia Kerri Walsh Jennings, medalhista de bronze, está entre as atletas. Segundo ela, as medalhas estavam descascando e enferrujando, mas a estrela da modalidade não sabe se a devolverá.
– Ofereceram para substituir as medalhas, mas não tenho certeza de que quero trocá-la – disse Walsh-Jennings à AP, alegando que o item traz muitas lembranças sentimentais.
Os porta-vozes das federações de basquete e natação também relataram que seus atletas tiveram problemas com as medalhas.
Diretor-executivo de comunicação da Rio 2016, Mario Andrada disse que as autoridades notaram o problema entre 6 e 7% do total produzido.
– O problema mais comum é que elas tenham sido derrubadas ou manuseadas com descuido e, com isso perdido o verniz, causando ferrugem ou uma mancha escura no local em que foram danificadas – afirmou Andrada à AP.
Ao todo, foram produzidas 5.130 medalhas, sendo 2.488 olímpicas e 2.642 paralímpicas. A maioria dos problemas vem acontecendo nas medalhas de prata e o problema, de acordo com Andrada, teria ocorrido entre 121 e 141 medalhas.
GE
OPINIÃO - 22/11/2024