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“Brasil vive pior crise da história”, diz Maranhão

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publicado em 26/05/2017 ás 12h20
atualizado em 26/05/2017 ás 15h43
José Maranhão, senador do PMDB

Político em exercício mais antigo da Paraíba, o senador José Maranhão (PMDB) de 83 anos,  afirmou na manhã desta sexta-feira (26), em entrevista ao Portal MaisPB, que o atual momento do Brasil entra na história como a maior crise do país.

Maranhão, que nasceu em 1933, relembrou o suicídio de Getúlio Vargas, o golpe militar e cassação de Fernando Collor, mas segundo ele, nenhum desses episódios foi tão grave como o que acontece desde a saída de Dilma Rousseff (PT) da Presidência da República.

“Eu fui contemporâneo de várias crises. A primeira foi a crise que resultou no suicídio de Getúlio Vargas. Depois veio o Golpe de 64 e por último a cassação de Color de Melo. Não vi nenhuma crise que fosse igual a de hoje, que atinge os aspectos tantos políticos e econômicos. O Brasil está quase em recessão, está à beira de uma recessão com grandes perdas de empregos”, ponderou.

Aliado de Temer, Maranhão defende eleição indireta, caso Michel Temer (PMDB) venha a sair do comando do país.

“Sou contra as soluções extra legais. A solução está na Constituição. Se Temer vai renunciar, ser afastado ou impedido, é outra coisa. Mas a solução tem que ser na via constitucional”, disse.

Maranhão defendeu uma ‘negociação’ no Congresso Nacional para contribuir para o fim da Crise, com a aprovação de reformas propostas pelo presidente Michel Temer (PMDB).

“Eu acho que a saída tem que ser negociada e partida do Congresso Nacional. Agora fica difícil a gente saber qual seria a mais adequada. As reformas são imprescindíveis, segundo os especialistas. Acho que o Brasil tem que fazer as reformas trabalhistas, da previdência e política. O Congresso não pode perder tempo politizando essa solução”, frisou.

Wallison Bezerra – MaisPB