João Pessoa, 02 de junho de 2017 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Assim que o árbitro Pericles Bassols apitou o final do jogo entre Chapecoense x Cruzeiro, pela Copa do Brasil e que terminou com a classificação do time mineiro, uma confusão generalizada tomou conta da Arena Condá. Irritados com a atuação do trio de arbitragem na eliminação, os jogadores do time da casa cercaram o trio de arbitragem e reclamaram bastante. A confusão seguiu para os vestiários da Arena Condá e continuou até nas arquibancadas.
O primeiro tumulto aconteceu ainda dentro de campo. Insatisfeitos com a arbitragem de Pericles Bassols, jogadores da Chapecoense cercaram o juiz e a Polícia Militar precisou ser acionada. Inclusive, o lateral esquerdo Reinaldo recebeu o cartão vermelho pela confusão.
“Lutamos muito. Não pode falar. Os caras vêm para fazer cera o jogo todo e o Bassols parecia apresentador de televisão com o microfone na mão, falava o tempo todo e não deixava o jogo seguir. Ele não consegue apitar nem na várzea, se não vai apanhar”, afirmou o atacante Rossi em entrevista ao canal de TV por assinatura SporTV após a partida.
Minutos depois, uma correria em direção ao vestiário visitante tomou conta do cenário. Jogadores, diretores e membros do time catarinense discutiram muito com os atletas e cartolas do Cruzeiro. Pelas imagens da televisão não foi possível identificar a causa da confusão; entretanto, segundo relatos, o presidente da Chape, Plínio de Nês, reagiu após um cruzeirense ter chamado a cidade de Chapecó de “terrinha de ignorante”.
O que ficou claro foi o lateral esquerdo Diogo Barbosa arremessando um copo de água mineral, mas já durante o tumulto. Segundo o SporTV, o responsável pelo início da briga seria o zagueiro Léo, que atirou uma garrafa d’água contra jogadores da Chapecoense; Victor Ramos, defensor da Chape, não gostou e partiu para cima do cruzeirense no túnel de acesso aos vestiários.
Em entrevista ao canal, o técnico Vagner Mancini disse que uma garrafa teria sido arremessada em direção aos membros da Chapecoense na entrada para os vestiários.
“Jogou a garrafa na cara da gente. Eu vim aqui (no vestiário) para separar. Os caras saíram do vestiário e jogaram uma garrafa na gente. Não vi quem foi. Eu estava no campo; quando vim para cá, vi que estava a confusão”, comentou o treinador.
Em meio a tudo isso, os árbitros da partida apareceram escoltados em direção ao vestiário. O quarto árbitro, Evandro Tiago Bender, foi ferido e apareceu com o rosto sangrando. Nas arquibancadas, após muito empurra empurra, um torcedor foi identificado e detido pela Polícia Militar, enquanto Evandro seguiu para o vestiário para receber atendimento médico.
“Estamos fazendo o relatório sobre tudo o que aconteceu, dentro e também fora de campo. Estávamos protegidos pela Polícia Militar e jogaram uma pedra, mas não sei direito qual objeto foi. Cortou meu rosto, mas já identificaram quem jogou”, disse Evandro após a confusão.
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OPINIÃO - 22/11/2024