João Pessoa, 03 de junho de 2017 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Antônio “Cara de Sapato” será uma das boas atrações que se apresentarão no UFC 212, marcado para este sábado (3), no Rio de Janeiro. O paraibano enfrentará o americano Eric Spicely na penúltima luta do card preliminar do evento. E, se formos analisar o histórico dos dois atletas, poderemos ver que os estilos são bastante parecidos.
Das dez vitórias que conquistou na carreira até hoje, Spicely conquistou seis por finalização. Cara de Sapato, por sua vez, tem um histórico ainda melhor de cinco triunfos fazendo o adversário bater em seis triunfos. O paraibano sabe dessa coincidência em estilo de jogo, mas garante que é superior.
“Ele tem um jogo de chão muito bem e pega bem as costas. Tem um bom controle e tem uma guarda flexível. É até um jogo parecido com o meu, mas acho que o que ele tem de melhor, eu me sinto muito bem e também é minha especialidade. Acredito que sou melhor do que ele, participo de competição desde os 15 anos, já fui campeão mundial… Minha bagagem é ainda maior que a dele e vamos para o jui-jitsu. Se não for, em pé também sou melhor”, disse em conversa exclusiva com a Ag. Fight.
Morando nos Estados Unidos, onde treina na American Top Team, Cara de Sapato não atua em solo nacional desde dezembro de 2014, quando foi derrotado por Patrick Cummins no UFC Barueri. Lembranças ruins do seu próprio país? Não, nada disso, segundo o campeão do TUF Brasil 3.
“É bom demais voltar ao Brasil para lutar com a torcida a seu favor. Tenho minha família e meus amigos, estou em casa. Lutar em casa é muito melhor e não tem pressão. É um incentivo a mais. Amadureci muito desde aquela luta. Mudei para os EUA para melhorar uma arte que não era tão bom, o wrestling. Aquela luta foi a única lembrança ruim daqui. O resto foi tudo ótimo e me sinto muito bem”, garantiu.
Outro aspecto complicado de se morar fora do país onde nasceu é deixar familiares e a vida que estava acostumado para trás. Cara de Sapato tem uma namorada no Brasil, e o casal faz esforços para manter o relacionamento da melhor forma possível até que eles consigam se estabelecer e, de fato, se mudarem para os Estados Unidos.
“A gente vai se virando. Quando tem amor sempre dá um jeito. Ela vai um pouquinho para lá e eu para cá. Nós nos vimos uma vez por mês, pelo menos, para poder matar a saudade. A ideia é que ela vá para lá e no momento certo isso deve acontecer. Bem difícil para mim voltar ao Brasil. Já me adaptei muito bem lá e estou tirando o green card”.
Uol
OPINIÃO - 22/11/2024