João Pessoa, 04 de junho de 2017 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O procurador regional dos direitos do cidadão do Ministério Público Federal na Paraíba, José Godoy Bezerra de Souza, classificou a rebelião, sete mortes e fuga de 17 adolescentes no Lar do Garoto o caso “uma tragédia anunciada”.
Em entrevista ao Jornal Folha de São Paulo, ele atribui o banho de sangue à falta de estrutura e superlotação e sugere um terceiro motivo: a situação instável dos funcionários da unidade socioeducativa, que são terceirizados.
“Eles não têm qualificação ou capacitação específica para estarem ali”, disse, acrescentando que”o Estado prende as pessoas e as coloca onde não há vagas. E isso acontece em todo o país. É preciso repensar o sistema”, afirma.
No ano passado, o Ministério Público Federal, o Ministério Público do Trabalho e o de Contas, o MP da Paraíba, a Defensoria Pública da União e o Estado da Paraíba celebraram um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) que estabelecia a substituição total de agentes socioeducativos terceirizados por agentes contratados por meio de processo seletivo. O prazo termina no próximo dia 30 de junho.
OPINIÃO - 22/11/2024