João Pessoa, 22 de junho de 2017 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O meia Lucas Lima anunciou, na noite desta quarta-feira, numa roda de pôquer em Santos com Neymar e num ambiente com a presença de quase 50 pessoas, que jogará no Barcelona a partir de 2018.
O acerto com o Barça já vinha sendo bancado pelas emissoras Fox e ESPN, mas os representantes de Lucas Lima negavam a informação ao GloboEsporte.com – e continuarão negando publicamente – porque ele só pode assinar pré-contrato com outro clube a partir do dia 1º de julho (sábado que vem), quando faltarão apenas seis meses para o fim de seu vínculo com o Peixe.
O motivo, claro, é resguardar Lucas Lima de uma possível ação jurídica do Santos contra ele ou o Barcelona. O Peixe, porém, já decidiu que notificará o Barça por assédio ao jogador. Pela regulamentação da Fifa, um clube só pode abrir negociação com um jogador com autorização de seu atual empregador.
Na roda de pôquer, Lucas Lima falou sem cerimônia: participará de uma reunião na segunda-feira com um representante do Barcelona e também com Neymar Silva Santos, pai do craque do Barça. O jogador não citou um nome, mas é sabido que Raul Sanllehí, dirigente do clube catalão, está no Brasil desde terça, fazendo alguns negócios, como o empréstimo do meia Vitinho, do Palmeiras.
Fica a dúvida sobre como será o segundo semestre de Lucas Lima no Santos. O contrato vai até 31 de dezembro, e ele diz que vai cumpri-lo, apresentando-se ao Barcelona somente em janeiro.
Na roda de pôquer, Lucas Lima disse que não comunicou seu acerto com o Barça a qualquer pessoa da comissão técnica ou da diretoria, mas amigos mais próximos no elenco já sabem dessa informação.
Há dois meses, o Santos apresentou uma proposta para renovação do contrato de Lucas Lima. O meia chegou a ter sondagens de clubes como Everton, da Inglaterra, e Fenerbahçe, da Turquia. Mas a única oferta concreta que tinha até então era a do Peixe: quatro anos de contrato, cerca de R$ 400 mil por mês, mais luvas (bônus) diluídas ao longo do período.
O Santos é dono de apenas 10% dos direitos econômicos do jogador, e não receberá nada pela transferência ao Barcelona. O restante dos direitos é do fundo Doyen (80%) e do empresário Edson Khodor (10%). A saída do meia ao fim do contrato gerará uma multa de R$ 8 milhões ao clube, a ser paga à Doyen. O Santos discute a validade desse acordo na Justiça.
Globo Esporte
OPINIÃO - 22/11/2024